Sindicato pressiona Coelba para conseguir avançar na pauta

Rodada realizada nesta terça, 28, foi marcada pela cobrança do sindicato por novidades na proposta da empresa.

Uma nova rodada de negociação entre a Coelba e o Sinergia foi realizada nesta terça, 28, em Salvador. Inicialmente a empresa havia solicitado dois dias para os debates, mas, posteriormente, solicitaram que ocorresse apenas um encontro na terça. Iniciada as discussões, os dirigentes sindicais cobraram retorno da contraproposta deixada pelo sindicato na rodada ocorrida no último dia 22, onde, mesmo com a grande cobrança do Sinergia, os representantes da Coelba mantiveram praticamente a base da mesma proposta que já tinha sido rechaçada pelo sindicato.

Sem consenso, foi iniciada uma nova fase de debates entre as bancadas, onde o Sinergia repudiou a postura da empresa e acuou os representantes patronais, exigindo avanços efetivos nas propostas para as cláusulas. Pressionados, os representantes da Coelba solicitaram um tempo e, ao retornar, apresentaram uma proposta em bloco com avanços, baseados nos elementos que o sindicato colocou como prioridade. Entretanto, a empresa informou que a proposta estaria condicionada a negociação que ocorre da pauta unificada.

ESCLARECIMENTO – Como a Coelba condicionou a proposta ao resultado da negociação da pauta unificada, optamos por não divulgar o conteúdo do que foi alcançado em mesa, já que este ainda pode sofrer alterações no que se refere a redação e números. Ou seja, no processo de negociação das duas mesas algumas cláusulas específicas podem sofrer mudanças. Importante destacar, ainda, que não há nenhum acordo sobre a questão do plano de saúde. Nesta cláusula, o sindicato realiza um grande esforço para manter as atuais condições.

AVALIAÇÃO – No geral, as discussões tiveram avanços após o ultimato dado pelo Sinergia na mesa. As mobilizações realizadas pelo sindicato também contribuíram para dar força a bancada, que conseguiu tirar a Coelba da inércia. É preciso entender que a construção do ACT é fruto de um conjunto de fatores, entre eles a correlação de forças, o ambiente da mesa e a capacidade de mobilização. Em nossa avaliação, mesmo com os avanços obtidos ainda não concluímos o processo negocial. Precisamos encontrar soluções sobretudo para o plano de saúde e robustez na proposta da mesa unificada.

Os representantes sindicais seguirão na busca por um acordo justo. Sabemos, entretanto, da dificuldade de conseguir fazer a Coelba/Neoenergia reconhecer o esforço de cada trabalhador. Temos o desafio de buscar na negociação que ocorre hoje e amanhã, em Recife, uma proposta justa. Não mediremos esforços nesse sentido.

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