Em Congresso, urbanitários debatem estratégias para barrar privatização

A categoria está organizada e em permanente estado de alerta para lutar pela preservação dos empregos e do patrimônio público brasileiro, garante o presidente da FNU

Impedir que o ilegítimo e golpista Michel Temer avance com os leilões e os projetos de leis que preveem a privatização das estatais é o principal objetivo dos trabalhadores e trabalhadoras do setor de energia e saneamento que estão reunidos em Brasília no 21º Congresso da Federação Nacional dos Urbanitários (FNU), em Brasília, nesta quinta (16/8) e sexta (17/8).

Segundo o presidente da FNU, Pedro Blois, a categoria está organizada e em permanente estado de alerta em todo o país para lutar nas ruas, nos tribunais e no Congresso Nacional pela preservação dos empregos nas mãos de brasileiros, pelo patrimônio público do Brasil que está sendo dilapidado por Temer e para garantir a soberania nacional. E só quem luta consegue ser vitorioso, diz o dirigente se referindo à decisão da Justiça do Rio de Janeiro que barrou a venda das distribuidoras do Norte e Nordeste.

Os urbanitários vão avaliar se, apesar da liminar suspendendo o leilão, a categoria vai manter a greve marcada para os dias 29 e 30 deste mês contra a privatização. De qualquer maneira, diz o presidente da FNU, haverá pressão nestes dias contra a privatização.

“Mesmo com a decisão da Justiça do Rio de Janeiro, sabemos que esse governo sem voto insistirá na entrega do patrimônio público até o último momento e por isso estamos sempre atentos”, garante Pedro Blois.

“Não abaixaremos a guarda. Faremos pressão nos dias que foram marcados o leilão, pois não sabemos se o governo tentará alguma manobra, e lutaremos até o final para garantir que não somente a energia e o saneamento, mas também o petróleo continue sendo do povo brasileiro”, ressaltou Pedro, ao dizer que no Congresso também será definida uma agenda comum de luta com os petroleiros para barrar as vendas da Eletrobras e Petrobras.

A luta contra a pauta neoliberal de arrocho salarial, ataques aos direitos sociais e trabalhistas e privatização, que não venceu nem jamais venceria eleições no Brasil e se impôs via Golpe de Estado, também está sendo debatida no Congresso dos urbanitários.

Para o presidente da FNU, as eleições deste ano serão de extrema importância para os trabalhadores e trabalhadoras mudarem a agenda para o Brasil. O que está em jogo, afirmou Pedro, é a continuidade do projeto dos golpistas ou a defesa dos interesses da classe trabalhadora, como o fim das privatizações e a volta dos direitos sociais trabalhistas que eles estão atacando desde o primeiro dia de governo. E os trabalhadores e trabalhadoras sabem qual o projeto que leva em consideração os interesses do povo e não os do mercado.

No final da tarde desta sexta-feira (17/8), além da definição do plano de lutas e do calendário para o próximo período, será eleita a nova diretoria da FNU para o próximo triênio (2019-2021). “E o resultado representará a unidade da categoria para enfrentar esse momento tão difícil”, concluiu Pedro.

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