CHESFIANOS(AS) APROVAM PROPOSTA DA ELETROBRAS

Momento adverso e ambiente jurídico hostil fizeram trabalhadores refletir sobre possibilidade de mais retrocessos em seus benefícios

Uma das mais difíceis campanhas de toda a história. Assim podemos definir o processo negocial que resultou na aprovação da última proposta da Holding para o fechamento do ACT dos trabalhadores do Sistema Eletrobras. Na última semana, os chesfianos(a) de todo Nordeste se reuniram em assembleias, por Estados, e aprovaram a proposta final apresentada pela Eletrobras, avaliando de forma responsável toda a conjuntura política e sanitária desfavorável para a luta dos trabalhadores.

Os sindicatos foram ao limite do que foi possível negociar, tentando de todas as formas evitar e/ou reduzir perdas, mas a postura da direção da Eletrobras, que segue à risca a cartilha perversa do Governo Federal, encurralou os eletricitários. Sobre todo esse processo maldoso imposto pela Eletrobras, os sindicatos sempre foram muito transparentes com a categoria, ressaltando todas as possibilidades durante o momento de deliberação nas assembleias.

Em todas as bases foi avaliado que, ao longo dos últimos anos, os trabalhadores brasileiros têm amargado duras derrotas – a exemplo da reforma trabalhista, a reforma previdenciária, a queda da ultratividade e a perda de outros direitos. Além disso, a pandemia impôs um isolamento que enfraqueceu o enfrentamento coletivo ao sistema. Um cenário muito adverso de um modo geral.

JUDICIÁRIO INSTÁVEL

Diante das dificuldades de mobilização para buscar um ACT justo, a Justiça poderia ser um caminho. Entretanto, os o resultado das últimas negociações que foram judicializadas foram extremamente prejudiciais para os trabalhadores. O Correios serve como um bom parâmetro para reflexão. A decisão do TST impôs retrocessos históricos e perdas irreparáveis nos benefícios dos trabalhadores. Nesse ambiente hostil, os chesfianos(as) se viram encurralados.

O acordo aprovado pela maioria das bases do Sistema Eletrobras conta com dois anos de vigência, com a implantação da CGPAR 23 a partir de Janeiro/22 e o quadro de referência 11.612 trabalhadores entre 01.11.2021 e 30.04.2022. A íntegra do ACT estará disponível para consulta nos sites das entidades sindicais em cada Estado.

SEGUIREMOS NA LUTA E VIGILANTES

Nossa luta não se encerra com o fechamento do ACT. Agora as entidades têm um papel fundamental para manter a categoria mobilizada e fazermos a vigilância constante do cumprimento do acordo. O ano que se inicia é estratégico para reorganizar a defesa das nossas empresas e evitar a entrega do nosso patrimônio. Vamos seguir lutando!

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