Audiência Pública discutiu impactos sociais da privatização da Eletrobras/Chesf

Chesf é um dos principais ativos do Brasil e uma das maiores estatais da América Latina, contribuído para o desenvolvimento nacional

Os impactos sociais de uma eventual privatização da Eletrobras/Chesf foi debatido nesta quinta, 22, na Câmara Municipal de Salvador. A audiência foi solicitada pela vereadora Marta Rodrigues (PT) para ampliar ainda mais a luta contra o  desejo voraz do  governo federal em entregar as nossas estatais. Líderes do Governo têm realizado  articulações para acelerar a entrega de parecer favorável da MP da capitalização da estatal no Senado, previsto ainda para as próximas semanas.

Marcada pela pluralidade de representações,  a audiência teve presenças importantes como a do economista e presidente da Confederação Nacional dos Urbanitários (CNU), Paulo de Tarso; o presidente da Federação Regional dos Urbanitários do Nordeste (Frune), Raimundo Lucena; O membro das Coordenação Estadual do MAB-Juazeiro, Luiz Carvalho; o coordenador do Sinergia-Ba, Rafael Oliveira, a presidenta da CUT-BA, Maria Madalena Firmo (Leninha) e o presidente do SENGE-Pernambuco, Mozart Bandeira, o diretor de energia da Frune, Fernando Neves, além de Diretor Herbert Marinho, do sindicato dos Urbanitário do Piauí.

O debate ocorreu de forma virtual e foi transmitido ao vivo pela TV Câmara e pelas redes sociais. Para a vereadora e líder da oposição na Câmara de Salvador, Marta Rodrigues, a privatização da Eletrobras impacta diretamente a população do Nordeste, uma vez que a MP que pretende vender as ações do governo federal, cujo relator levanta a questão de vendas das subsidiárias separadamente e integralmente, entre elas a Chesf, uma das 14 subsidiárias da estatal, com enorme trajetória e avanços na região e para o povo baiano.

Durante os debates, foi  denunciado os  impactos de uma eventual privatização da Chesf.  Paulo de Tarso, diretor do Sinergia e presidente da  Confederação Nacional dos Urbanitários, explicou um dos principais efeito da privatização: o aumento da tarifa para a população. “O setor privado vai aumentar o preço da tarifa de energia e vai diminuir o acesso a ela. Na Rafael oliveira, coordenador geral do Sinergia, “haverá um déficit social severo, sobretudo na  região Nordeste que  já possui  um índice de pobreza elevado”.

De um modo geral, os participantes destacaram que a Chesf é um dos principais ativos do Brasil e uma das maiores estatais da América Latina, contribuído para o desenvolvimento nacional e que nas mãos da iniciativa privada perderá sua função social. “A tentativa de acelerar essa MP condiz com o período nefasto que estamos vivendo da pandemia. Aproveitam uma tragédia de dimensões gigantescas para continuar, fora dos holofotes, desmontando o estado democrático de direito, conquistas do povo, dos trabalhadores e trabalhadoras”, declarou Marta, durante a Audiência.

Como encaminhamento, o parlamentar vai enviar uma moção de repúdio para os parlamentares, entre eles os Deputados federais e senadores, pedindo o apoio na luta contra a privatização da Eletrobras/Chesf. “Estas ações se somam a diversas que estamos fazendo outras e têm o objetivo de pressionar os parlamentares para evitar a entrega das nossas empresas”, frisou o presidente da FRUNE, Raimundo Lucena.

 

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