A direção do Sinergia se reuniu na última quinta, 14, com o gerente de gestão de pessoas da Coelba, Maximiliano Delfino. O encontro foi solicitado pelo sindicato com o objetivo de tratar de alguns assuntos emergenciais como demissões, PLR e eleições do sindicato. Confira o que foi discutido em cada tema:
DEMISSÕES
A direção do sindicato, representada pelo coordenador geral Rafael Oliveira e os diretores Dailton e Paulo de Tarso protestou contra as cerca de 11 demissões que ocorreram na empresa. Os desligamentos ocorreram nos municípios de Salvador, Alagoinhas, Jequié, Porto Seguro e Irecê. Os dirigentes repudiaram o fato dos, desligamentos acontecerem em plena pandemia e sem qualquer comunicação ou justificativa ao Sinergia.
O gerente da empresa alegou que foram demissões represadas durante a campanha salarial e que agora tiveram que ser realizadas, atendendo aos pedidos de gestores das áreas atingidas. Ainda registrou que todas demissões foram motivadas por “baixa performance” e problemas de relacionamento com colegas e lideranças da empresa. Essa é mesma desculpa do RH do Grupo.
Segundo o gerente, mesmo aqueles que possuem mais de 10 anos na empresa, os motivos foram os mesmos e que não se acomodar é a única forma de garantir do seu posto de trabalho. Alegou que a empresa gasta recursos para contratar e também para demitir, portanto, não é interessante a política de demitir por demitir, apenas como a empresa está contratando milhares de novos empregados e vai continuar essa política no ano em curso, as regras de acompanhamento são mais rígidas. Porém, afirmou que não existe lista pronta, nem programada para demissões na empresa.
O Coordenador do Sindicato Rafael Oliveira repudiou a postura da empresa e solicitou que antes da Coelba efetuar as demissões comunicasse os locais e os motivos ao Sinergia, já que a empresa se recusa em dar nomes, antes de efetuarem as demissões.
“Estamos passando por um problema de saúde, num momento de recessão e em uma ocasião totalmente inadequada à prática de demissões”, criticou Rafael, que rebateu ainda as desculpas do gerente da empresa. Os dirigentes sindicais lembraram que nunca foi prática da Coelba pregar desligamentos, principalmente, em quantidade, imotivadas e com desculpas de baixa produtividade. Isso é prática de politica recente de RH.
No momento, as demissões ocorrem sem um feedback para os trabalhadores possam ter oportunidade para reverter a situação. A verdade é que não se tem uma política de transferência de setor de trabalho para evitar problemas pessoais com a liderança. “Demissões criam clima de trabalho muito ruim para empresa, desconfiança dos trabalhadores e um problema sério com o Sindicado”, afirmou Rafael.
PLR
O sindicato cobrou informações sobre a PLR 2020 e adiantou que os trabalhadores não tem culpa do que vem acontecendo com a crise sanitária e social. Sobre essa situação, o gerente de gestão de pessoas afirmou que o mês de dezembro houve uma recuperação significativa das metas de vários objetivos, mas que não são números oficiais e, portanto não tem autorização para passar informações mais precisas .
O gerente informou ainda que, apesar da pandemia, a empresa reagiu muito bem e que se não tivermos uma PLR igual a de 2019, chegaremos muito próximo. O balanço econômico e financeiro somente será divulgado até o final de fevereiro, mas, até lá, o diretor da Neoenergia, Bruno Coelho, deverá se reunir com a Intersindical para informar os resultados das empresas e discutir o pagamento e os detalhes.
O diretor do Sinergia e Conselheiro de Administração eleito, Dailton Cerqueira, registrou que estamos acompanhando dentro do Conselho todas as movimentações e resultados da empresa. O objetivo é assegurar uma PLR justa para os Coelbanos. “O trabalhador enfrentou chuva, sol, agressão de consumidores e a própria pandemia para manter o sistema elétrico ligado e trazer os resultados, agora é a hora do reconhecimento da empresa”, destacou Dailton.
ACT – DECISÃO ACERTADA DO SINDICATO E DA CATEGORIA
Mesmo estando num momento de recessão, onde o próprio Governo Federal vem efetuando e incentivando demissões, vide as cinco mil que foram anunciadas pelo Banco do Brasil com o fechamento de várias agencia e o fechamento da Ford com anúncios de perda de doze mil empregos na cadeia produtiva. A consequência inevitável será aumentar ainda mais o índice de desemprego. Situação indesejável para qualquer pai de família. Foi neste cenário que o SINERGIA foi buscar um dos melhores Acordos de Trabalho do setor elétrico do país, avalizado pelo o DIEESE. Sindicato é coisa séria.
ELEIÇÃO DO SINERGIA
O sindicato aproveitou a reunião para informar oficialmente que as eleições do Sinergia serão realizadas nos dias 8 e 9 de março 2021. Os nomes dos membros da comissão eleitoral já foram eleitos para coordenar o processo, que segue em curso.
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