Dirigente da FRUNE participa audiência pública que discutiu demissões na Eletrobras e seus impactos

Foi realizada na última quarta, 17, na Comissão de Trabalho da Câmara dos Deputados uma audiência pública para debater as demissões na Eletrobras e seus impactos na segurança do trabalho e nas instalações de geração e transmissão de energia elétrica no Brasil. A audiência ocorreu após articulação da FRUNE e demais entidades sindicais do setor elétrico, confirmada após requerimento dos deputados Airton Faleiro (PT-PA) e Erika Kokay (PT-DF).

O diretor da FRUNE e do SINDRB-PE, Wellington Soares, apresentou um estudo de sua autoria que revela uma relação direta do crescimento dos acidentes nas empresas do Sistema Eletrobras após a redução sistemática do seu quadro de empregados diante do processo de capitalização.

“O fechamento de postos de trabalho é resultado da adoção de vários programas de desligamento, eixo central da estratégia de reestruturação da empresa. Entre 2018 e 2022 a Eletrobras registrou uma queda de quase 40% em seu quadro de empregados. De acordo com o Relatório de Administração de 2022, estão programados mais 1.551 desligamentos para 2023”, destacou o dirigente.

Recentemente, a Eletrobras contratou consultoria para seleção de quadros técnicos, no entanto, devido ao enviesamento político da seleção a mesma acabou suspensa. Os dirigentes alertaram durante a audiencia que mesmo que fossem contratados novos profissionais, o tempo médio de formação de um técnico neste setor gira em torno de 12 anos. Dessa forma, o sistema elétrico brasileiro continua exposto à falta de mão de obra qualificada na Eletrobras devido à nova forma de gestão privada da empresa.

Enquanto isso, a União segue sendo a garantidora de toda e qualquer situação que porventura essa gestão possa causar. Para garantir a segurança dos trabalhadores que mantem o Brasil ligado, é fundamental entender o que está se passando na dita nova Eletrobras.

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