Eletricitários protestam em frente à sede da Eletrobras no RJ: “não foi privatização, foi roubo”

Defender a Eletrobras pública. Com essa missão,  dirigentes do ramo eletricitário,  movimentos sociais e parlamentares realizaram um grande ato em frente à sede da Eletrobras, no Centro do Rio de Janeiro, no dia de ontem, 05. O Sinergia marcou presença neste ato com dirigentes Júlia Margarida, Paulo de Tarso, Rafael Oliveira e Raimundo Lucena.

Durante a atividade, os participantes manifestaram apoio à Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) impetrada pela AGU – Advocacia Geral da União, e assinada também pelo presidente Lula, junto ao Supremo Tribunal Federal pela retomada do poder de voto na Eletrobras, que detém 43% das ações, mas apenas 10% dos votos na assembleias decisórias da empresa. O pedido foi para investigação do processo de venda da Eletrobras e das consultorias contratadas de forma irresponsável e sem transparência pela direção da companhia.

Durante o ato, não faltaram críticas sobre poder reduzido de voto da União no Conselho de Administração da companhia. A atividade marcou a defesa da reestatização da Eletrobras e Fundações do Sistema Eletrobras, contra as demissões dos trabalhadores e contra o desmonte do Cepel (centro de pesquisa).

O presidente o diretor do Sinergia e presidente da CNU. Paulo de Tarso, destacou a importância da resistência dos trabalhadores em manter uma Eletrobras pública, se preocupando com o desenvolvimento nacional, com o acervo técnico. “Depois de privatizarem a empresa, agora querem acabar e massacrar, destruir e quem sabe até provocarem um apagão no sistema, com esse projeto descontrolado que estão tentando fazer com a Eletrobras.”.

Nas falas, mais denúncias sobre ataques aos fundos de pensão, altos salários dos administradores, demissões de trabalhadores, perseguição, precarização das condições de trabalho e acidentes fatais nas áreas operacionais da Eletrobras pós-privatização.

Além de eletricitários, aposentados e dirigentes sindicais de todo o Brasil, estiveram presentes as centrais CUT e CTB, as Frentes Brasil Popular e Povo sem Medo, os petroleiros com a FUP e a FNP, os Moedeiros, os marítimos e diversos movimentos sociais como MST, MAB, Movimento do Povo, MPA, Plataforma Operária e Camponesa de Água e Energia.

Os organizadores do evento reforçaram que este grande ato marca uma série de atividades presenciais e que os eletricitários não vão parar. Há ainda muita luta em jogo e o jogo está definitivamente aberto.

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