Ao que parece, a Neoenergia quer acabar com a PLR dos trabalhadores do Grupo. O atraso nas negociações e as absurdas sugestões de mudanças são prova de que holding busca realmente o impasse. Não bastasse a enrolação para definição dos indicadores e das metas para PLR 2024, desde do início, ainda na primeira rodada, realizada nos dias 04 e 05 de maio, em Recife, a Neoenergia insiste em ampliar a quantidades dos indicadores, passando dos atuais 15 para e chegando a 20.
Para o assessor contratado pela Intersindical, o Doutor em economia e ex técnico do DIEESE, Gustavo Teixeira, essa é a pior proposta de PLR já feita pelo Grupo. “A Neoenergia apresentou indicadores complexos e de difícil entendimento. Para alguns objetivos propostos, o range de pontuação entre ponto zero e 100% é muito curto, ficando abaixo dos 5%, o que representará inevitavelmente perda na pontuação.
Além disso, nos novos indicadores apresentados os trabalhadores não têm nenhuma governança. Isto é: não há como melhorar ou ampliar o indicador. Por outro lado, foram retirados justamente os indicadores que dependem da atuação dos trabalhadores como Unitização e Capex”, explicou Teixeira. Todas as propostas foram recusadas pela Intersindical, sendo inclusive consideradas indecentes.
Entendemos que é preciso primeiro definir o número de indicadores e depois começar a serem discutidas as metas. Outro ponto solicitado pela Intersindical diz respeito a retirada dos conceitos Excelente, Muito Bom e Bom, por não fazer sentido e, além disso, não obedecer aos acordos anteriores. “Para nós, esta proposta tem o objetivo de tentar acabar com a PLR. Não aceitaremos essa proposta esdrúxula”, frisou o coordenador da Intersindical, José Fernandes.
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