A interEBE e o SINERGIA- BA estão realizando assembleias informativas até o dia 19 de outubro nos complexos Juazeiro, Umburanas, Gentio do ouro, Bom Jesus da lapa e Barreiras. Os trabalhadores da ENGIE, empresa que atua em geração, comercialização e transmissão de energia elétrica, teve o acordo fechado por 2 anos, ficando para 2024 a discussão das pautas econômicas.
Histórico – Até o Acordo Coletivo de 2016, a empresa reajustava as faixas do PCR pelo mesmo valor do reajuste dos Salários. Contudo, de 2017 em diante, o reajuste das faixas passou a ocorrer de acordo com pesquisa de mercado promovida pela empresa.
Nas negociações da Data Base 2016, com a inflação de 8,5%, a empresa ofereceu repor somente 5% no salário dos empregados, justificando a proposta rebaixada pelo fato de, segundo eles, os salários estavam acima do mercado. Assim, iriam dar reposição menor que a inflação para adequar os salários dos seus empregados ao praticado pelo mercado. Os sindicatos disseram não para a proposta de redução salarial.
Neste clima de disputa, iniciou a mais longa campanha salarial da história na empresa. Desde a data da entrega da pauta, 23/08/16, até a aprovação de proposta na assembleia, 09/05/17, se passaram oito meses. Neste período, por insistência dos sindicatos da InterEBE foram realizadas cinco reuniões de negociações, duas reuniões de mediação na Secretaria Regional do Trabalho – SRTE e uma reunião entre os Conselheiros Eleitos e o Presidente da Empresa.
Depois desta longa campanha, o Acordo Coletivo garantiu a reposição integral da inflação do período, mantendo o poder de compra dos salários. A reposição foi em duas parcelas de 4% e 4,5%, sendo que, a segunda parcela foi paga em maio de 2017.
A não retroatividade do percentual da segunda parcela significou uma perda de mais de 50% da remuneração, que foi em parte compensada pelo pagamento do terceiro bloco extra de Vale Alimentação/refeição. Esta proposta foi o máximo que as negociações chegaram e não contou com o apoio dos sindicatos para aprovação nas assembleias.
A vitória a ser comemorada com a luta dos sindicatos foi não ter a redução salarial de 3,5%, conforme previa a primeira proposta apresentada pela empresa.
Repor a inflação é garantir o valor dos salários sem perdas. Se não fosse o sucesso desta campanha, nossos salários hoje seriam 3,5% mais baixos, e neste período teríamos deixado de receber valor equivalente a mais do que uma PLR MÉDIA.
O Sinergia seguirá atuando para garantir os benefícios e salários justos para os eletricitários que representa. “Aproveitamos para agradecer os eletricitários da ENGIE.
Juntos seguiremos fortes e em busca de avanços”, destacou os diretores, João Machado, Thiago Peixoto e Cláudio Manoel.
Seja o primeiro a comentar