Companheiros(as),
Mostrando nossa responsabilidade estatutária, política e de transparência, vamos aqui prestar contas de como funcionou financeiramente o Sinergia no último ano. Muitas vezes, vimos a direção do sindicato ser questionada, até por quem não faz parte do quadro associativo, onde são empregados os recursos arrecadados. Consideramos este momento importantíssimo para explicar como utilizamos racionalmente a receita da entidade.
2018 foi marcado pelo fim do imposto sindical (valor referente a 1 dia de trabalho). Esta receita representava cerca de 20% na receita anual do sindicato. É bom ressaltar que, apesar de sempre nos colocarmos contra esse imposto, entendendo que o sindicato de ser sustentado de forma autônoma e independente do pelos trabalhado. Contudo, o do imposto deveria ser discutido com as centrais sindicais, de modo que uma alternativa fosse pensada para suprir as demandas das entidades.
Importante destacar que a filiação do trabalhador a nossa entidade é opcional, porém, pela legislação atual, todos têm direito a gozar dos acordos salariais, PLR, benefícios em geral. Por outro lado, quando se leva para uma assembleia uma taxa de campanha para bancar despesas extras, a legislação ainda protege aqueles trabalhadores com direito a negativa. Há muitos que negam, mesmo se privilegiando do acordo alcançado. Ora, não existe festa sem ter quem a banque. O trabalhador sempre dependerá dos sindicatos para defendê-lo. Ou seja, sindicato forte, trabalhador forte.
O governo eleito põe em prática o que disse em sua campanha. A ideia é favorecer os empresários, ricos e militares, em detrimento dos trabalhadores e pobres. Depois da reforma trabalhista e terceirização oficializada com o voto de Bolsonaro, agora é vez de acabar com a previdência do seu avô, seu pai e a sua e de todos os trabalhadores brasileiros. Com as regras de Bolsonaro você somente poderá se aposentar com 70 anos de idade!
Para evitar a luta dos sindicatos em defesa da sua aposentadoria, o presidente Bolsonaro publicou a MP 873 que inviabiliza os sindicatos. Na prática, a medida incentiva os empresários a não descontar em folha de pagamento as mensalidades e taxas sindicais. Medida que nem na ditadura foi aplicada.
Cenário complicado – Sobre a situação financeira do sindicato, percebemos uma a ampliação do deficit de 2018 comparado com o ano anterior, de R$ 127 mil. Foi um ano, como ja registramos, onde perdemos a receita do imposto sindical (20% da receita), utilizamos recursos com a realização da eleição do sindicato, da Fachesf e conselho de administração da Coelba.
Cada vez mais, as despesas aumentam com a expansão dos negócios patronais (compra Elektra pela Neoenergia), o que exige relacionamento com outros sindicatos para fortalecer a nossa luta. A campanha permanente contra a privatização da Eletrobras/Chesf não tem preço para a direção do Sinergia. Importante frisar a consciência do trabalhador chesfiano que aprovou para esse ano uma taxa extraordinária para essa campanha. Parabéns Chesfiano!
Observamos que cada vez mais temos que procurar receitas alternativas NÃO sindicais, como por exemplo, honorários advocatícios. Destacamos ainda, a fraca sindicalização nas empresas geradoras e terceirizadas. Na Coelba, ampliamos a sindicalização com as novas admissões oriundas da primarização da operação, projetos e fiscalização das redes, onde atingimos o percentual de cerca de 80% dos novos empregados.
Importante salientar que, apesar dos déficits das campanhas salariais, onde sempre se gasta mais do que se arrecada com a taxa assistencial, o sindicato sempre prioriza a luta e consegue beneficiar cada vez mais os trabalhadores.
Para avaliar tudo isso, convidamos você para estar com a gente na assembleia de prestação de contas, que será realizada no dia 25 de abril, às 18:h00, na sede do Sinergia. Sindicato forte, democrático e transparente é feito por todos nós! Venha para a assembleia!
Baixe e confira a Prestação de contas 2018
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