Governo negocia com senadores alterações em privatização da Eletrobras

A matéria enfrenta resistência da bancada da região no Senado porque os estados são mais dependentes da fornecimento estatal de energia elétrica.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, começou um diálogo com senadores do Norte para que haja alterações no projeto de lei de privatização da Eletrobras. A matéria enfrenta resistência da bancada da região no Senado porque os estados são mais dependentes da fornecimento estatal de energia elétrica.

Entre as mudanças que são sugeridas pelos senadores estão o governo ter uma golden share, ou seja, ação minoritária, mas com poder de veto, da Eletrobras após a privatização, e a criação de um fundo de investimento para beneficiar o Norte.

O senador Eduardo Braga (AM), líder do MDB, já conversou algumas vezes sobre isso com o governo, mas ainda não há uma definição sobre o tema.

“Tem uma sinalização do governo em querer conversar sobre algumas propostas que a gente fez, mas de concreto ainda não tem nada”, disse Braga

E completou: “vai desde golden share, a questão da descotização, inclusão de Tucuruí, 50% dos recursos oriundos dessa descotizações e de Tucuruí deveriam ser para modicidade tarifária a fim de que a tarifa de energia elétrica fique mais barata nos próximos anos dando a oportunidade do Brasil mudar a matriz energética e ser competitivo na área elétrica”.

Eduardo Braga defendeu a criação de um fundo de investimento para estados da Região Norte. O senador afirmou que a iniciativa é necessária pela quantidade de hidrelétricas que funcionam na Região.

“São vários os itens que eu acho que precisam ser adicionados, inclusive a questão do fundo ela não pode só para o São Francisco, é importante fazer para o São Francisco, mas eu acho importante colocar a bacia amazônica, afinal as maiores hidrelétricas depois de Itaipu estão aqui na Amazônia, é Tucuruí, Belo Monte, Santo Antônio, Jirau, são as hidrelétricas do Amapá. O potencial hidrelétrico do país está na Amazônia, então não tem como excluir a Amazônia disso”, afirmou.

Fonte: Congresso em Foco

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