Empresa mantém posição sobre a mudança no calendário laboral, nega possibilidade de flexibilidade e alimenta péssimo clima organizacional

Cruel. Insensível e perversa. Esses são apenas algumas das faces da Coelba quando o assunto é a relação que ela tem com os seus trabalhadores. Não bastasse o clima de terror que a empresa impõe com demissões e práticas assediosas, seus representantes agora insistem em manter a mudança do calendário laboral.

Na reunião de hoje, 30, havia a expectativa de avanços e, até mesmo, de um recuo da empresa, já que na última segunda, 27, seus representantes disseram que seguiriam negociando, agendando inclusive a reunião realizada hoje. Mesmo com a grande expectativa de toda a categoria, a Coelba simplesmente manteve sua posição e parece não ter a exata noção do prejuízo que essa decisão vai lhe custar, seja pelo péssimo clima organizacional ou pelo grande desgaste na sua imagem.

A direção do Sinergia repudia a postura da Coelba. Mais uma vez, a empresa perde a oportunidade de tentar melhorar a sua relação com os seus trabalhadores. Ao contrário disso, vai na contramão, mostrando que o que deveria ser o seu maior patrimônio é, na verdade, apenas um incômodo humano.

EMPRESA PERVERSA

Na prática, apesar de afirmar que “seu maior patrimônio são os funcionários”, a Coelba adota práticas que contradizem esse discurso. Há dois anos, a empresa prometeu contratar mil novos funcionários, mas, em vez disso, demitiu 500 trabalhadores sem reposição, resultando em um quadro reduzido e sobrecarga de trabalho.

Os empregados enfrentam um ambiente de pressão extrema, com metas inalcançáveis, assédio moral e risco constante de demissão. Além disso, a falta de recursos compromete a execução dos serviços, forçando trabalhadores a utilizarem materiais inadequados. A frota de veículos está sucateada, causando disputas internas entre funcionários e lideranças locais.

Outro ponto crítico é a exigência do uso de celulares particulares para atividades laborais, prática ilegal, pois a empresa é responsável por fornecer os equipamentos necessários para o trabalho. Quem não atende ou responde rapidamente às mensagens é classificado como “reativo” e sofre retaliações.

Diante da negativa da empresa, a direção do Sinergia vai se reunir de forma emergencial nesta sexta, 31, para definir suas ações. Infelizmente, apesar da nossa disposição de resolver esse impasse em mesa, teremos que usar da melhor estratégia para garantir os interesses dos trabalhadores.

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