Eletrobras retorna aos tempos sombrios do autoritarismo ditatorial

Na última sexta, 14, o companheiro Ikaro Chaves, ex-dirigente sindical, ex-conselheiro eleito do Conselho de Administração da Eletronorte e uma das lideranças, em nível nacional, da luta contra a privatização da Eletrobras, e agora, da luta pela reestatização da empresa, entrou em contato com o STIU-DF para comunicar que a empresa abriu processo contra ele, objetivando a sua demissão, por justa causa, dando prazo de 5 (cinco) dias úteis para que apresente de defesa, por escrito, contra as acusações da companhia.

É inacreditável a que ponto a Eletrobras chegou. Demitem profissionais altamente qualificados, pais e mães de famílias, com ótimos serviços prestados às empresas do Grupo Eletrobras, ameaçam dirigentes sindicais do estado do Rio de Janeiro com demissões, por fazerem ato público, pela reestatização na sede da Eletrobras, coagiram covardemente trabalhadores na última live coordenada pelo VP de Pessoas, para aumentar a adesão ao PDV “compulsório”, e para completar, abre processo de demissão, por justa causa, contra um profissional altamente qualificado e que cumpre integralmente com suas obrigações para com a empresa, unicamente por lutar pela reestatização da Eletrobras.

É fato, a Eletrobras com suas atitudes antidemocráticas e antissindicais está retornando aos tempos sombrios do autoritarismo ditatorial, e isto é inaceitável. É fato que a Eletrobras foi privatizada, mas isto não lhe dá o direito de agir com a truculência dos tempos da ditadura.

Parece que a diretoria e o conselho da Eletrobras não sabem que vivemos em uma democracia, que os tempos de escuridão ficaram no passado, e até o governo Bolsonaro, que representa este tempo, também ficou para trás. O povo brasileiro elegeu Lula, um democrático, para reconstruir o país e evitar o retorno da truculência dos tempos da ditadura, que a Eletrobras insiste em implantar na empresa, através da “política do medo”.

A Eletrobras, preocupada, com a possibilidade, cada vez mais real, da reversão da privatização da empresa, classificada pelo Presidente Lula, como um crime de lesa-pátria, ou no mínimo, que o Estado assuma o poder de voto proporcional ao número de ações que detém, tenta de todas as formas limitar as ações de dirigentes sindicais com ações antissindicais, reprimir a atuação de lideranças  profissionais comprometidas com a reestatização da empresa, abrindo processo de demissão, por justa causa, bem como demitindo profissionais experientes e competentes, colocando em risco de colapso o sistema elétrico brasileiro.

As acusações da empresa contra o engenheiro Ikaro Chaves são vazias e sem consistência e provaremos nas instâncias administrativa, jurídica e política, que é, na verdade, uma perseguição política contra uma liderança comprometida com a reestatização da Eletrobras.

Vivemos em uma democracia onde a liberdade de expressão e de opinião devem ser preservadas. A tentativa da Eletrobras de cercear a liberdade das pessoas em se expressarem é uma das características dos tempos sombrios da ditadura, que o povo brasileiro não aceita mais.

As ações da Eletrobras que tentam reprimir a atuação de lideranças profissionais e sindicais da categoria não impedirão a nossa luta pela retomada da Eletrobras para o povo brasileiro.

Abrir um processo de demissão, por justa causa, contra lideranças e tentar reprimir a atuação de dirigentes sindicais demonstra que estamos no caminho certo e que temos de intensificar, ainda mais, a nossa luta.

Senhoras e senhores diretores da Eletrobras suas ameaças não nos amedrontam, em hipótese alguma. Servem apenas, para nos unificar e intensificar, ainda mais, a nossa luta pela reestatização da empresa, que foi tirada do povo brasileiro, em um dos maiores crimes de lesa-pátria da história do Brasil.

Senhoras e senhores diretores da Eletrobras, denunciaremos ao Estado, maior acionista individual da Eletrobras, com cerca de 43% de ações ordinárias, com direito a voto, a perseguição política da qual o companheiro Ikaro Chaves é vítima. Temos convicção de que o Presidente Lula, um democrata, por natureza, tomará ações para impedir essa tentativa insana da diretoria da Eletrobras e não será conivente com essa barbaridade, sem precedentes, na história da empresa.

É importante que a diretoria da Eletrobras saiba que usaremos todos os mecanismos possíveis para envolver a sociedade organizada, os partidos políticos comprometidos com a democracia e o próprio governo federal, na luta contra o autoritarismo ditatorial da Eletrobras Privada.

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