Descaso com os trabalhadores da Eletrobras continua o mesmo

Os trabalhadores da Eletrobras vivem um momento de grande apreensão, pois o clima de instabilidade e incertezas com relação ao futuro a cada dia se torna mais forte, por conta das notícias veiculadas indicando a privatização das empresas do Sistema. No intuito de estabelecer um primeiro contato com o novo presidente da Holding, Wilson Ferreira Júnior, a FNU encaminhou ofícios nos dias 15/09 e 27/09 solicitando uma reunião com o novo gestor, a ser realizada na sede da empresa, no Rio de Janeiro. Todavia, até a data de hoje nada foi respondido.

Segundo informações o primeiro ofício encaminhado circulou primeiro na mesa do presidente, que preferiu ignorá-lo e encaminhou ao seu chefe de gabinete, esse por usa vez o levou ao diretor de administração, que passou a bola para o relação sindical, mas ninguém ousou sequer responder. Ou seja, um jogo de empurra inacreditável para realizar uma simples reunião de apresentação com os dirigentes sindicais. Tudo que os trabalhadores e as entidades sindicais sabem sobre os possíveis rumos do Sistema Eletrobras se dá pelos meios de comunicação.

A postura de não buscar o diálogo com as entidades sindicais, mostra que nada mudou na direção da Holding, o descaso se perpetua gestão após gestão. Os trabalhadores querem saber se o presidente Wilson Ferreira, veio realmente representar os interesses brasileiros no comando da maior empresa de energia da América Latina, pois a empresa CPFL, que ele comandava antes de vir para Eletrobras, pertence aos investidores chineses, que também já se apresentam como possíveis compradores de ativos do Sistema, que são as distribuidoras de energia. Portanto, é preciso sentar e conversar olho no olho, para saber quais as ações que serão tomadas, já que os trabalhadores são a parte mais interessada neste processo, e querem se inteirar de toda e qualquer decisão com relação ao seu futuro.

Os trabalhadores continuam acreditando no diálogo, pois foi assim que foram superadas muitas divergências em momentos de extrema polarização. Mas paciência tem limite, e o movimento sindical sabe usar das suas prerrogativas para fazer valer as suas reivindicações. Portanto, é fundamental sentar com as representações, via FNU e CNE, para discutir temas estratégicos que continuam sem solução e que precisam urgentemente ser equacionados, que são: A licença paternidade, a PLR 2015 e a situação das empresas e seus possíveis desdobramentos. A palavra agora está com o presidente Wilson Ferreira Júnior, pois a FNU, o CNE e os sindicatos já reiteraram o pedido de reunião. Basta ter vontade politica e sentar para conversar, pois o momento é de extrema gravidade para qualquer tipo de omissão.

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