Coletivo da Juventude do Sinergia Bahia parabeniza os jovens no Dia Internacional da Juventude

O Coletivo da Juventude do Sinergia, criado em 2017, parabeniza não somente os/as jovens trabalhadores/as brasileiros/as como também todos os trabalhadores do setor energético em seu dia, 12 de agosto.

A juventude trabalhadora brasileira é uma juventude que tem a necessidade de trabalhar para ganhar tanto o seu sustento como para ajudar a sua família. Assim, no Brasil que tem 200 milhões habitantes, sendo 54 milhões  jovens de 14 a 29 anos . Desse modo, aproveitando esse dia de reflexão sobre a juventude, é preciso rever o papel do Estado no que diz respeito às políticas públicas para as crianças, adolescentes e a jovens até os 35 anos, que compõem juventude trabalhadora. Para Thiago Quinteiro, dirigente do Sinergia, a sociedade civil organizada  ainda não percebeu a disputa da juventude para trilhar caminhos mais humanistas e conseguir a tão sonhada cidadania bem como a sua inclusão, que afastará os jovens dos pólos machistas e fascista tão preocupantes atualmente.

Nós do pólo jovem sindical, temos objetivos claros que devemos reduzir a entrada precoce de jovens no mercado de trabalho. “O ideal é este jovem ter mais tempo para se qualificar e estudar, criando assim condições mínimas de crítica social e qualificação profissional, entrando no mercado de trabalho com salários mais dignos e um senso crítico aguçado”, destaca Thiago Jonatas, representante da Chesf, Sobradinho.

Por outro lado, é preciso promover trabalho decente para quem já está no mercado de trabalho. Garantir estabilidade maior no primeiro emprego, uma vez que, no mercado, com qualquer instabilidade econômica, o jovem é o primeiro a ser demitido, tanto pela falta de experiência, quanto pelo tempo reduzido de cursos e treinamentos. Neste sentido, é fundamental a implementação de ações e práticas, que garantam e justifique a prioridade dos jovens no mercado de trabalho, sem perder o direito de se qualificar. Algumas ações como redução da jornada sem redução de salários, fortalecimento do Sistema Público de Educação, Valorização do Salário Mínimo, Fim do Trabalho Infantil, Permanência de jovens no campo, com acesso a terra, com crédito e apoio técnico e Financiamento Público do acesso à cultura, inclusão digital, passe livre, alimentação, qualificação profissional, podem ser praticadas para garantir essa política.

Os jovens brasileiros do setor eletricitário são  guerreiros que, em sua maioria, trabalha e se qualifica ao mesmo tempo com a finalidade não apenas de adquirir sua subsistência como ter no futuro um vida melhor. Porém, o Estado, através de suas políticas públicas, precisa encorajar os governos e o público em geral a conhecer e entender as necessidades dos jovens e implementar políticas com foco na juventude, com o objetivo de promover a inclusão e participação política dos jovens.

É preciso combater o preconceito geracional na sociedade que visa reduzir a maioria penal e aumentar a punição aos jovens. Isso não resolve o problema. Pelo contrário, na cadeia 70% das pessoas são reincidentes no crime. As ações sócioeducativas utilizadas atualmente tem um percentual bem melhor do que esse índice. Sabe-se que a juventude, notadamente a negra, que é vitima dos homicídios nos centros urbanos, principalmente nas favelas e não o contrário.

Existe uma baixa aderência de jovens ao movimento sindical, principalmente os entrantes. Assim, além de se ter condições de trabalho mais desfavoráveis para os jovens, o tempo dedicado ao trabalho impede a participação. “Não temos liberdade de organização nos locais de trabalho e o tema juventude ainda não está consolidada na estratégia sindical como, por exemplo, a ausência de Coletivos de Juventude na maioria dos sindicatos, temos também, a comunicação precária do sindicato e a crise de representatividade dos jovens com o modo de ser a agora (modus operandi) das instituições que representam os trabalhadores”, alerta Iane de Jesus, representante de Salvador, coelbana.

Percebe-se, portanto, que urge uma transformação na forma de agir dos sindicatos para tentar sensibilizar a participação dos jovens nos movimentos dos/as trabalhadores/as. Além disso, políticas públicas precisam ser implementadas com o objetivo de se permitir o sustento e qualificação do jovem brasileiro no período de formação. Afinal, se quisermos um Brasil cada vez mais justo e com igualdades de direito temos que ter esperança na juventude.

 

Feliz dia da Juventude!

 

Coletivo da Juventude do Sinergia BA.

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