Até parece pirraça. Mesmo com o fechamento dos números da PLR 2022, as empresas ainda não repassaram aos sindicatos as tabelas para conhecimento da categoria e realização das assembleias deliberativas.
Nos últimos dias, a Intersindical cobrou novamente que fossem repassadas as informações, apesar disso, os dirigentes ainda não tiveram acesso e seguem sem poder convocar a categoria para analisar os números.
“O atraso na entrega das tabelas de distribuição da PLR é fato que nunca ocorreu antes. Não entendemos o motivo da Neoenergia adotar essa postura agora”, lamentou o coordenador da Intersindical, José Fernandes. “Há um clima de ansiedade na categoria. Isso , compromete também a transparência. Trata-se, portanto, de um grande desrespeito com os trabalhadores”, frisou.
Grupo quer informar números somente no dia 20
Diante das cobranças dos dirigentes sindicais, o Grupo Neoenergia informou que só irá entregar as tabelas no dia 20 de março. Nesta situação, os sindicatos só podem realizar as assembleias de aprovação do pagamento a partir do dia 21, situação que poderia ser antecipada para permitir o planejamento financeiro dos trabalhadores e dar tranquilidade nas decisões.
A Intersindical repudia a falta de respeito com os trabalhadores e os sindicatos e seguirá cobrando da Neoenergia a entrega das informações para agendar as assembleias deliberativas.
Nova onda de demissões nas empresas
Se por um lado a Neoenergia e as empresas atrasam no fornecimento das informações da PLR, por outro, são bastantes rápidas para demitir injustificadamente trabalhadores. Nesta semana, uma nova onda de demissões aconteceu nas três empresas do grupo, situação que tem deixado a categoria em um clima de terror. “São demissões sem nenhum motivo aparente. As justificativas são sempre de uma pseuda baixa produtividade. Ora, como justificar baixa produtividade de pessoas que são avaliadas positivamente e, no geral, as empresas, ano após ano, superam os objetivos e metas estabelecidas?”, questiona, Fernandes.
No próximo encontro com a Neoenergia, que será realizado em Salvador, a Intersindical vai cobrar explicações do Grupo sobre a continuidade das demissões e o clima de terror imposto aos trabalhadores.
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