Eletricitários processam Eletrobras após serem chamados de vagabundos

APÓS SEREM CHAMADOS DE VAGABUNDOS, SAFADOS E INÚTEIS. TRABALHADORES E TRABALHADORAS DAS EMPRESAS DO SISTEMA ELETROBRAS AJUIZARAM AÇÃO CONTRAWILSON PINTO – PRESIDENTE DA HOLDING

Após terem sidos humilhados, ofendidos e execrados publicamente pelo senhor Wilson Pinto, presidente da Eletrobras, com notícias veiculadas nos maiores jornais, revistas, sites, blogs, etc. de todo o Brasil, e também de veículos internacionais, os trabalhadores e trabalhadoras das empresas do Sistema Eletrobras deliberaram por processar judicialmente o presidente da empresa. Para isso, ajuizaram na Justiça do Trabalho, em Brasília, a AÇÃO CIVIL COLETIVA, Número: 0000840-56.2017.5.10.0019, sendo que a mesma foi autuada no dia 04 de julho de 2017.

 
A repercussão negativa aos trabalhadores é irreversível visto que o caso foi divulgado com a velocidade que trafegam as informações nos dias de hoje, onde dispomos de internet e redes sociais. Os trabalhadores e trabalhadoras da maior empresa de energia elétrica do Brasil ao invés de serem sinônimo de orgulho, estão agora sendo motivo de execração pública, humilhação e chacota, pois até mesmo sites na internet foram criados para reproduzir as ofensas proferidas pelo presidente da Eletrobras, Wilson Pinto.

 
A Justiça do Trabalho no Brasil possui farta jurisprudência com condenações em casos semelhantes, tendo sido impostos altos valores de indenização a um trabalhador ou a um grupo de trabalhadores ofendidos. É pacífico o entendimento dessa Justiça, de que utilizar-se de palavras duras ao se dirigir a um subordinado, desmerecer seu trabalho, além de ser socialmente incorreto, ocasiona vergonha e tristeza.

 
Vai mais longe ao entender que tal conduta deve ser coibida com dureza, impondo altas condenações financeiras para rechaçar a repetição do dano moral. Não se tem notícia de que outro presidente de empresa pública ou privada tenha se manifestado de
maneira tão grotesca contra seus subordinados em nosso país quanto o senhor Wilson Pinto, motivo pelo qual se espera uma dura condenação contra a empresa, visto que a Eletrobras é uma empresa que vende ações no mercado brasileiro e internacional, especificamente na Bolsa de Nova Iorque. Ou seja, o próprio presidente da empresa deprecia publicamente a imagem dos empregados da empresa que preside.

 
A ação foi ajuizada tendo como réu, a Eletrobras e como autores, dentre outras entidades, a Federação Nacional dos Urbanitários, os Sindicatos dos Urbanitários do Maranhão, Pará, Amapá, Pernambuco, Piauí, Rondônia, Roraima, Alagoas, Eletricitários do Rio de Janeiro, Indústria de Energia Elétrica de Florianópolis, Sindicato dos Economistas e Administradores do Rio de Janeiro.

 
Estima-se que, se condenada de acordo com o pedido pelos trabalhadores ofendidos, a condenação poderá chegar próximo de 1 bilhão de reais, talvez vindo a ser a maior condenação imposta a uma empresa no Brasil ou mesmo no mundo por situação semelhante, o que chega a ser pouco, visto que se calculou um dano moral de 40 salários mínimos por empregado/a atingido.

 
Alem do mais, os próprios acionistas poderão acionar judicialmente a Eletrobras e o seu presidente pelos prejuízos decorrentes da condenação, uma vez que a condenação terá efeito no balanço da Eletrobras e na consequente desvalorização da empresa no mercado de capitais nacional e internacional.

Talvez o presidente da Eletrobras pense melhor na próxima vez que decidir humilhar os trabalhadores/ as, que, além de empregados, são pais e mães de famílias, e a humilhação que sofreram tem reflexo não só neles/as, mas em seus familiares.

DIRETORIA DA ELETROBRAS MAIS UMA VEZ BATE CABEÇA  – GESTÃO À DERIVA

PLR: A reunião do CNE com a Eletrobras realizada ontem, dia 06 de julho, no Rio de Janeiro, mostrou mais uma vez o descaso da administração da Holding para com os trabalhadores. A proposta para pagamento da PLR, que havia sido rejeitada pelos trabalhadores na última semana, foi reapresentada, sem nenhum avanço significativo. Contudo se observa que pelo menos dessa vez se expos quanto se pretende pagar em cada uma das parcelas, ou seja, 50 % em cada parcela.

Por tudo que foi dito pela empresa na reunião, se confirmou o que todo trabalhador do grupo Eletrobras já sabe: a gestão Pinto Júnior não tem nenhum compromisso a não ser com o Mercado. A empresa insiste no discurso de reduzir custos. O trabalhador para ele é
somente um número, que pode ser cortado a qualquer momento. Enquanto isso continua pagando consultorias externas a preços absurdos.

A Eletrobras ao ser questionada sobre a possibilidade de pagar integralmente a PLR pelas empresas que tenham fluxo de caixa, respondeu que não seria autorizado, por destoar da orientação única da Holding. Confirmando assim que serão duas parcelas de 50% e que as empresas que puderem poderão pagar a partir do início do mês de agosto.

DIAS PARADOS: A respeito dos dias parados, reafirmou a decisão que serão compensados, em prazo a ser negociado com cada empresa.

REESTRUTURAÇÃO: A posição do CNE é intransigente quanto a não negociar esse ponto, visto que o mesmo da forma como está sendo conduzido ofende o Acordo Coletivo Nacional e muitos acordos específicos. Por assim ser, o CNE exige a imediata suspensão do processo de reestruturação implantado por Wilson Pinto, ou seja, que as regras que norteiam a periculosidade, sobreaviso, horas extras, horas in intinere, etc, sejam mantidas inalteradas, até que sejam discutidas de fato com as entidades componentes do CNE. Para
isso, aguardará até o dia 25/7, data prevista para reunião com a Eletrobras sobre esse tema, e caso não haja avanços irá tomar as medidas cabíveis.

O CNE em todos os momentos da reunião reiterou seu descontentamento com a posição da Eletrobras, ressaltando que os trabalhadores fizeram sua parte e não são culpados pela má gestão da Holding. Portanto, merecem ter seus direitos históricos respeitados, custe o que custar.

CONSULTA PÚBLICA DO MME E A AMEAÇA DA PRIVATIZAÇÃO: Questionado pelo CNE sobre a consulta pública do MME, a Eletrobras se manifestou na reunião negando que tenha participado da formulação da proposta apresentada pelo Ministério. O CNE solicitou que a Eletrobras se manifeste oficialmente ao mercado através da tradicional mensagem aos acionistas e também se manifeste aos trabalhadores e trabalhadoras das empresas do Sistema Eletrobras.

Diante desse quadro fica evidente a necessidade dos trabalhadores se unirem contra a privatização das empresas da Holding, cuja intenção tem sido amplamente divulgada pelos veículos especializados e grande mídia. O modelo privatista defendido pelo atual
governo, já explicitado na reunião realizada no Instituto Fernando Henrique Cardoso, da qual o presidente Pinto Junior participou, deixou evidente que o objetivo agora não é só em relação às Distribuidoras, mas também em relação às empresas de Geração e Transmissão, conforme Consulta Pública emitida pelo Ministro de Minas e Energia.

Para o CNE, o enfrentamento dessa ameaça às nossas empresas e aos nossos empregos deve ser o maior foco. Por isso, o Coletivo realizará seminário em Brasília nos dias 19 e 20 para construir, juntamente com diversos atores sociais e acadêmicos comprometidos
com os eletricitários, um texto base para resposta à consulta pública.

Até lá, será instituído um canal de comunicação, via Federação Nacional dos Urbanitários, para colher as sugestões e pareceres dos trabalhadores das empresas a respeito da elaboração de um modelo do setor elétrico, que contemple os interesses da sociedade
brasileira e que garanta, além da modicidade tarifária, a alta confiabilidade do sistema tal como hoje é praticada, a partir do esforço de cada trabalhador e trabalhadora do Sistema Eletrobras.

Compreendendo haverem esgotado todas as possibilidades de negociação, e considerando a necessidade de unir todas as forças para a tarefa importante e urgente da luta contra a privatização, o CNE propõe o seguinte calendário de atividades:

a) Realizar assembleias no período de 10 a 14/6, para debater a proposta que foi apresentada pela Eletrobras;
b) Tomar todas as medidas necessárias contra REESTRUTURAÇÃO;
O CNE conclama a todos e a todas para se engajarem nas discussões sobre o modelo do sistema elétrico a ser apresentado pelos Sindicatos na audiência pública proposta pelo MME.

Nossa Luta é pela unificação da categoria, visando fortalecer as empresas públicas, garantindo a eficiência e confiabilidade do Sistema Elétrico nacional!
Não à privatização!
Fora Temer! Fora Pinto! Diretas Já!

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