Companheiros(as),
No mês de abril tratamos de um tema muito importante para as nossas lutas que se traduzem em melhores condições de vida para os trabalhadores e suas respectivas famílias. É o momento de discutirmos, em assembleia, a situação de finanças do sindicato.
Não podemos deixar de registrar que as ações do Governo e do Congresso Nacional influenciam diretamente nos sindicatos, Federações, Confederações e nas Centrais sindicais. Ou seja, na sua vida, trabalhador brasileiro!
Desde o golpe parlamentar, sofrido pela presidenta Dilma Rousseff, em maio/2016, o governo golpista e entreguista de Temer, juntamente com a maioria do Congresso, assumiram um posicionamento em defesa dos interesses do capital em detrimento aos interesses dos trabalhadores. Primeiro oficializaram a terceirização da mão de obra, isentando o contratante de responsabilidades trabalhistas, incentivando assim a precarização do trabalho. Segundo, com uma reforma trabalhista, que somente retirou benefícios, imobilizou a Justiça Trabalhista no seu papel de proteger os mais fracos, e além disso, acabou o imposto sindical, deixando sem alternativa para suprir o financiamento do movimento sindical. Em outras palavras, uma reforma que só favoreceu o empresariado. Este foi o preço à FIESP por ter sido a grande financiadora do golpe sofrido pela nação brasileira.
Falando em números de 2017 notamos um resultado deficitário em R$ 70.233,74, comparando com o resultado positivo de 2016 (R$ 159.381,84). Investimos na luta o superávit do ano anterior e acrescentamos a mais o déficit de 2017. Ainda com relação as receitas, notamos uma redução três vezes menor de honorários advocatícios e a redução da taxa de campanha salarial, deviso aos ACT serem por 2 anos, a direção do sindicato deliberou por não cobrar das grandes empresas (Coelba e Chesf), apesar de termos gastos quantias expressivas de recursos no acompanhamento dos acordos e convenções coletivas.
Nas despesas vemos o crescimento do item “eventos, congresso, seminários e treinamentos” que cresceu de R$ 61.163,77 para R$ 141.255,85. Esse crescimento se deu basicamente pela luta contra a privatização da Chesf, da reforma trabalhista, que foram prioridades para a nossa categoria.
Observem que, como foi registrado acima, apesar de não termos cobrado a taxa assistencial de campanha da Coelba e da Chesf, as despesas referentes aos acompanhamentos dos respectivos ACT’s continuaram.
Assim, a direção do Sinergia vislumbra dificuldades financeiras para as demandas de 2018, sobretudo pelo fim do imposto sindical e pelo fato de ser um ano que discutiremos os acordos coletivos da Coelba e Chesf sob os efeitos negativos da reforma trabalhista.
Ademais, com o fim do imposto sindical, os sindicatos terão que socorrer às estruturas verticais, afim de garantir as lutas regionais e nacionais.
Por isso, reafirmamos que um sindicato forte é aquele que as lutas são bancadas pelos trabalhadores, conscientes por brigarem pelos seus direitos, independente de patrões, partidos e governos. Não existe festa sem ter quem banque!
Assembleia de prestação de contas
Dia 26/04/2018, a partir das 18h, na sede do Sinergia, em Salvador.
Confira, abaixo, a prestação de contas de 2017
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