Sem diálogo com o sindicato, Coelba quer alterar norma de viagem

Sem nenhum tipo de diálogo com o Sinergia, a Neoenergia/Coelba quer, unilateralmente, implantar mudanças na norma de viagem. A ideia da empresa é ampliar dos atuais 50 para de 150km a regra para concessão da diária de viagem. A atitude da empresa é perversa e chega ao ponto de seus gestores sugerirem que os profissionais levem quentinhas para a área. Curiosamente, a mudança acontece justamente na semana em que a própria Coelba divulga ser uma das melhores empresas para se trabalhar. Ficamos, então, imaginando se não fosse!

Sobre a mudança, é importante deixar claro que NÃO HOUVE EM NENHUM MOMENTO anuência do sindicato sobre essa questão, inclusive a empresa não respeitou as discussões que ocorrem na chamada agenda positiva. Trata-se, portanto, de uma decisão desastrosa de gestão de RH e com efeitos danosos para os profissionais afetados, que praticamente terão que pagar para trabalhar. Por isso, o Sinergia é frontalmente contra essa nova norma, que sacrifica o seu empregado e visa simplesmente mais lucratividade.

O detalhe é que a norma atinge principalmente os trabalhadores que estão diretamente na produção da empresa e que se expõem diariamente para  atingirem suas metas e resultados. Entendemos que essa atitude terá um efeito contrário. Será um tiro no pé para os resultados e causará uma insatisfação geral em toda categoria. Exigimos dignidade e respeito para aqueles que mais produzem.

O sindicato não aceita esse comportamento mesquinho, visando simplesmente mais lucros. Levaremos essa situação para o Ministério Público, inclusive entendendo que existe um TAC em vigor. Ademais, a situação imposta é degradante e representa uma verdadeira humilhação. Não podemos imaginar um trabalhador ser obrigado a levar quentinha dentro de um veículo para uma área de campo, exposta ao sol, onde a possibilidade de estrago do alimento é grande. Na prática, isso beira ao trabalho escravo.

Histórico –  A norma de viagem sempre foi uma prerrogativa da gestão Coelba. Nunca aceitaram registro no Acordo Coletivo de Trabalho com o Sinergia , exatamente para controlar suas despesas. Muito embora, quando empregado se desloca para outros municípios e, até outros estados, é sempre para atender as necessidades da empresa.

Quem define a viagem são os gerentes e gestores. Porém, quem sai da sua rotina, deixa sua família e se arrisca pelas estradas são os trabalhadores. Por isso, não é justo essa exploração do  quando se exige deslocamentos de 150 km e seis horas de atividades para conceder uma diária de viagem. Pela prática, muitas localidades sequer têm sequer  infraestrutura adequada para atender o trabalhador que ficam sem opção de alimentação e estadia e, ainda assim, cumprem com responsabilidade suas funções.

A direção do Sinergia vai tomar as medidas necessárias para evitar essa injustiça com os trabalhadores.

 

 

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