A primeira rodada de negociação foi um verdadeiro corre corre. Literalmente, o VP de Gente, José Renato Domingues, correu da negociação ao terceirizar o processo, contratando um escritório externo para negociar. Isso demonstra a total falta de empatia e de respeito com a categoria.
De mais de 130 cláusulas existentes entre acordo nacional, especificos e termos de compromissos, a apresentação inicial da empresa se resumiu a 39 cláusulas ao todo, com alterações substanciais em 10. Chocha, anêmica, frágil, inconsistente, assim foi a proposta, que inclui redução salarial dos hiposuficientes (aqueles que ganham até R$ 15.572,04) em cerca de 12,5%. Como não se referiram aos hipersuficientes, é de se esperar que o assedio moral virá por aí.
Precarização no plano de saúde com suposto ganho aos beneficiários, gratificação de férias conforme a CLT, retirada do ticket natalino e até proposta de práticas antisindicais permearam a primeira rodada de negociação. Ao colocar que o ACT precisa estar aderente aos custos da companhia, a alta direção demonstra que a preocupação com os custos se restringe a atingir diretamente o seu maior ativo, seus trabalhadores e trabalhadoras, em completa desarmonização com a expectativa criada pelas comunicações formais feitas pela própria Eletrobras.
Enquanto a redução da folha para os trabalhadores e trabalhadoras foi de 33% no último ano, o aumento para a alta direção foi de 37% no mesmo período.
ELETRODIGNIDADE: POR RESPEITO E VALORIZAÇÃO AO(À) TRABALHADOR(A)!
É importante que a alta direção entenda que não é possível construir uma grande empresa sem reconhecer e valorizar aqueles que a construíram. A privatização atípica da Eletrobras, em que
um pequeno grupo de acionistas se apropriou da maior empresa de energia elétrica da América Latina, não pode resultar em uma proposta desrespeitosa como a apresentada. O respeito se dará a partir da mobilização e conscientização da categoria. A Eletrobras quer ir para frente mas não quer olhar o retrovisor. Somente a mobilização poderá resgatar o respeito
devido.
A Pesquisa feita pelo CNE, mostrou que os trabalhadores e trabalhadoras estão dispostos a aderir a atos, paralisações e greves. Fiquem atentos à convocatória da sua entidade sindical!
Redução de salário é inconstitucional! Se receber qualquer oferta, entre em contato imediatamente com seu sindicato e denuncie ao Ministério Público de sua localidade!
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