Empresa demite por negligência com segurança, mas não possui sequer EPI’s em estoque para uso dos trabalhadores
Incoerência. Esta é a palavra que melhor define o comportamento da Neoenergia Coelba na relação com os seus trabalhadores. Se por um lado a empresa demite impiedosamente, alegando negligência com a segurança, por outro os trabalhadores são obrigados a exercer as funções sem os EPI’s obrigatórios. Ora, são dois pesos, duas medidas. Mas, a verdade é que a corda sempre parte do lado dos trabalhadores.
Segundo informações apuradas pelo Sinergia, a falta de materiais de segurança na empresa é alarmante. Em uma visita realizada por membros da CIPA, após inúmeras queixas de trabalhadores, foram observados junto ao Almoxarifado Central da Coelba a falta de vários itens entre EPI, EPC e ferramental, inclusive outros itens estão com estoque extremamente baixo.
Impossível de acreditar, mas há ausência de itens essenciais para a segurança, entre eles: cinto de paraquedista, carneira de capacetes, botas, escadas). Há casos relatados de trabalhadores fazendo uso em campo de equipamentos vencidos há mais de um ano, inclusive com defeitos graves.
No mar de desleixo da empresa existem equipes que estão se deslocando de suas bases, percorrendo entre 100 a 400 km, para pegar materiais de uso frequente dos trabalhadores de campo. São botas, luvas e capacete, sendo, muitas vezes, para aquisição de apenas de uma unidade.
A situação é tão absurda que a própria direção do Sinergia fez questão de ouvir diversos trabalhadores para verificar confirmar as inúmeras denúncias recebidas. Lamentavelmente, os trabalhadores relataram o chegam ao ponto de emprestar fardamento para outros colegas. “É tudo muito grave. Falta de balaclava, perneira e luva de proteção para os eletricistas em toda Bahia. Soubemos até que existe falta de veículos para substituição, alguns estão em uso, mas necessitem de manutenção urgente”, descreveu o coordenador geral do sindicato, Rafael Oliveira.
Cobrança de metas e demissões
Os coelbanos estão vivendo um dilema cruel. Por parte da empresa há uma cobrança descomunal para atingimento de metas, inclusive a Neoenergia Coelba ampliou recentemente esses números para as turmas. Ou seja, mais pressão. E pressão em lugar onde não pode haver erro é sinônimo de acidente.
Não há como entender certas coisas. Nos últimos meses, a Neoenergia Coelba demitiu mais de 300 trabalhadores. Muitos deles sob a alegação de negligencia com a segurança. Em alguns casos, a própria empresa percebeu que o erro era seu, mas não quis voltar atrás. Mas quem vai pagar pela negligência da Neoenergia Coelba?
A incoerência da empresa é cada vez maior. Recentemente, foi acordado em uma reunião com membros da CIPA que qualquer notificação observada em câmeras de segurança, telemetria ou fiscalização de campo seria imediatamente informada à liderança, que verificaria e acompanharia o fato junto ao trabalhador. Ocorre que, este instrumento vem sendo utilizado apenas para punir os coelbanos, já que as notificações feitas com mais de um ano foram apresentadas antes do PGD a fim de avaliar negativamente os funcionários e impedir a progressão na empresa. Resumindo: tem muita coisa errada que não está certa na Neoenergia Coelba.
A EPOCA DA PRIVATIZAÇÃO DA COELBA, ELA VENDEU QUNTOS LOTES DE AÇÕES AOS SEUS FUNCIONARIOS E NO FINAL TEVE UMA SOBRA QUE FOI RATEADOS ENTRE OS QUE COMPRARAM ALGUEM SABE A QUANTIDADE FOI PARA CODA UM QUE QUE A PRIMEIRA.MUITO OBRIGADOR
Adilson.
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