Após ser eleito presidente pela terceira vez, Lula (PT) fez seu primeiro pronunciamento, no Hotel Intercontinental, em São Paulo, mesmo local onde o petista discursou após se eleger há 20 anos, em 2002.
O presidente eleito fez um discurso pacificador, dirigido não só aos seus apoiadores mas também aos eleitores de Jair Bolsonaro (PL), seu opositor. Antes de começar a ler o discurso escrito, o presidente eleito agradeceu a Deus, a todos os eleitores e falou sobre o processo que viveu, que chamou de ressurreição política.
“Quero começar com um agradecimento a Deus, porque eu sempre achei que Deus foi muito generoso comigo para que permitisse que eu saísse de onde eu saí para chegar onde eu cheguei, sobretudo neste momento, onde nós não enfrentamos um adversário, um candidato. Enfrentamos a máquina do Estado brasileiro, colocada a serviço do candidato da situação, para tentar evitar que nós ganhássemos as eleições”, começou Lula.
O povo que votou em mim, o povo que votou no meu adversário, quem foi para a urna, quero dar meus parabéns, sobretudo às pessoas que votaram em mim.
“Me considero um candidato que teve um processo de ressurreição na política brasileira, porque tentaram me enterrar vivo e eu estou aqui”, disse se referindo a 2018, quando foi preso sem crime e sem provas pelo ex-juiz Sérgio Moro, que ajudou a eleger Bolsonaro naquele ano.
“Estou aqui para governar esse país em uma situação muito difícil, mas tenho fé em Deus que, com a ajuda do povo, vamos encontrar uma saída para que esse país volte a viver democraticamente, harmonicamente, e a gente restabelecer a paz entre as famílias, entre os divergentes, para que a gente possa construir o mundo que nós precisamos”, declarou Lula antes de iniciar a leitura de seu pronunciamento.
“Esta não é uma vitória minha, nem do PT, nem dos partidos que me apoiaram na campanha. Mas de um imenso movimento democrático que se formou acima dos partidos políticos, dos interesses pessoais e das ideologias para que a democracia saísse vencedora”, discursou.
“Não existem dois Brasis. Somos um único povo, uma grande nação”, destacou. “É hora de baixar as armas que jamais deveriam ter sido empunhadas, disse Lula.
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