Por Jeam Cláudio
As coisas não andam fáceis para os moradores da Ilha Grande de Camamu, localizada na Península de Maraú, no Sul do Estado. Lá se vão mais de quatro dias sem o fornecimento de energia da Coelba. Apesar das inúmeras reclamações, apenas uma parte da Ilha teve a energia restabelecida nos últimos dias. Segundo informações dos moradores, há duas fazes na localidade. Uma delas, oriunda da rede que vem de Cajaíba, através de cabo submarino, voltou a funcionar, mas outra parte segue inoperante.
Essa não é primeira vez que a localidade sofre com a falta de energia. “É comum ficarmos por dias sem energia. Quando não falta, a energia oscila e é comum a queima de aparelhos. A Coelba parece não ter um pingo de respeito com os consumidores”, comenta a aposentada Edleuza Santos, moradora da Ilha.
Além dos transtornos, a falta de energia gera prejuízos insaculáveis para a economia local, que tem na pesca sua principal atividade. Sem ter como armazenar os pescados e produzir gelo para as embarcações, os moradores se desesperam com a situação. “É preciso que o Ministério Público intervenha neste descaso, pois já não há mais formas de reclamar e ser ouvido pela Coelba”, desabafa Joélida Enedina, que tem casa na localidade e acompanhou diversas situações complicadas com as inúmeras vezes que ficou sem energia da Companhia na localidade.
Uma comissão de moradores pretende acionar a empresa na Justiça, inclusive solicitando que todos os danos causados pela empresa sejam devidamente ressarcidos. A direção do Sinergia vai acompanhar a situação e prestar todo apoio para os moradores. “O sofrimento dos moradores de Ilha Grande é consequência da lógica perversa da Coelba, que diminuí investimentos em manutenção preventiva e corretiva para ampliar o lucro destinado aos seus acionistas”, criticou o diretor Erisvaldo Pinheiro, que vai solicitar explicações da empresa sobre o situação que segue sem solução da Coelba na Ilha de Camamu.
Com a palavra, a Coelba. Se é que tem alguma coisa pra falar…
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