Na manhã desta sexta-feira (7), os Coelbanos de Juazeiro realizaram uma grande mobilização dando continuidade a nossa luta contra a mudança unilateral no calendário laboral imposta pela Coelba. Os diretores do Sinergia, Esdras Mamona e Gabriel Arcanjo, Nelson Cerqueira, secretário de formação política, Gilberto Santana e diretor Cláudio de Sobradinho estiveram presentes lideraram a mobilização, que repercutiu nos meios de comunicação da região.
A insatisfação dos trabalhadores é em relação a eliminação dos chamados “dias pontes”, o que impacta diretamente no planejamento de folgas e descanso dos profissionais. Além disso, nas folgas durante o período de Carnaval, incluindo a impossibilidade de utilização do banco de horas, o que gerou reações imediatas dos trabalhadores e do Sinergia.
Entre as principais reivindicações, os trabalhadores denunciam que estão sendo obrigados a utilizar seus telefones particulares para a realização de atividades laborais, incluindo treinamentos e avaliações. A falta de fornecimento de aparelhos corporativos pela empresa gera custos adicionais e expõe os funcionários a uma situação inadequada de trabalho.
Outro ponto crítico abordado na mobilização foi o sucateamento da frota da empresa. Na região de Juazeiro, mais de 17 viaturas estão paradas, e esse cenário se repete em toda a Bahia. Em algumas bases e unidades da Coelba, mais de 50% da frota encontra-se inoperante, comprometendo a execução dos serviços e a capacidade de resposta a emergências.
A preocupação dos trabalhadores se intensifica diante do período chuvoso no Nordeste. Diante de eventos climáticos extremos, como os que ocorreram recentemente em Recife e Maceió, a estrutura da Coelba pode não estar preparada para atender a uma possível demanda emergencial, agravando ainda mais a situação dos consumidores e dos próprios funcionários.
Segundo Gilberto, a decisão da empresa é considerada um retrocesso nos direitos trabalhistas e afeta especialmente aqueles que dependem dessas folgas para viajar em feriados como Carnaval, São João e Semana Santa.
“A empresa tem adotado práticas antisindicais, tomando decisões sem negociar com a representação dos trabalhadores. Essa mudança no calendário gera um prejuízo enorme, dificultando a vida dos eletricitários e colocando em risco outros direitos, como o uso indevido de celulares pessoais para trabalho”, afirmou Santana.
Sindicato busca mediação no MPT
Diante da situação, o Sinergia entrou com uma Notícia Fato no Ministério Público do Trabalho (MPT) e já solicitou uma mediação para discutir a questão com a empresa. A mobilização faz parte de um conjunto de ações que o sindicato tem adotado para reverter a medida imposta pela Coelba.
O movimento realizado é considerado um ato de advertência. Caso a empresa não reabra as negociações e revogue a nova política de folgas, os trabalhadores podem intensificar o movimento. “Se não houver um canal de diálogo, a paralisação de hoje pode evoluir para uma greve por tempo indeterminado”, alertou Santana.
A mobilização buscou abrir um canal de diálogo com a direção da empresa para tratar dessas questões urgentes e garantir melhores condições de trabalho para a categoria.
O Sinergia reforça que continuará lutando para garantir os direitos da categoria.
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