Por Rosa Raquel
Na manhã desta quarta-feira, 22, aconteceu a Marcha da Classe Trabalhadora em Brasília, organizada por entidades sindicais que visavam exigir que o governo Lula atendesse suas reivindicações urgentes. A marcha, aprovada pelo congresso da CUT em outubro de 2023 e apoiada por várias confederações e CUTs estaduais, teve sua data confirmada em março, sem uma campanha nacional robusta de preparação, resultando em mobilização individual de sindicalistas.
Dentre os sindicalistas presentes, estavam Magno Neves e Iane de Jesus, diretores do Sinergia, que não deixaram de marcar presença nesta importante caminhada em busca de pressionar o governo Lula a emitir uma Medida Provisória para garantir a ultratividade dos acordos e revogar a Lei nº 14.437/2022. Essa ação é crucial para a luta dos movimentos sindicais recuperarem sua capacidade máxima para batalhar pela revogação das reformas previdenciária, trabalhista e da lei das terceirizações. Uma reunião de balanço será realizada no dia 22 de maio no Espaço do Servidor na Esplanada dos Ministérios.
A concentração para a marcha começou às oito horas da manhã no estacionamento entre a Torre de TV e a FUNARTE. As recomendações para participar foram de levar protetor solar, garrafas de água, apesar que haviam tendas na concentração do ato para distribuição de água e de material da CUT, roupas leves e calçados confortáveis para a caminhada.
Uma parte da programação estava destinada à Marcha à Esplanada dos Ministérios para exigir a revogação das reformas trabalhista, previdenciária e da lei das terceirizações, além de atender às demandas dos servidores federais em greve e dos trabalhadores em educação contra o Novo Ensino Médio (NEM).
Outro ponto que foi pauta para a Marcha foi a situação atual do Rio Grande do Sul, que atingiu este nível catastrófico por falta de investimentos preventivos durante o governo Bolsonaro e gestões locais deficientes. A CUT-RS defendeu a ultratividade dos acordos coletivos em reunião com o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, que expressou hesitação devido ao Congresso atual.
Por fim, uma informação que deve ser ressaltada é que o Fórum das Centrais anunciou em 9 de maio um ato fechado em Brasília no mesmo dia da marcha, atualizando a “agenda da classe trabalhadora” de 2022, sem defender a revogação das reformas trabalhista e previdenciária, ação vista como um golpe na pauta da marcha. Os sindicatos estão atentos e prontos para a luta.
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