1932
Tudo começou no Barracão das Hortas, localizado na Barroquinha, com 130 empregados e operários das Companhias de Energia da Bahia e Linha Circular de Carris da Bahia, em 3 de fevereiro de 1932, quando os trabalhadores reuniram-se para discutir a fundação de um sindicato. Antes chamado de Sindicato dos Operários e Empregados das Cias Linhas Circular e Energia da Bahia, hoje Sinergia – Sindicato dos eletricitários da Bahia.
1937
Até esta data, os trabalhadores em Energia Elétrica, em Metalurgia e Mecânica, em Telefonia e Condução de Veículos eram os únicos filiados ao único Sindicato na época, que liderou vitoriosas greves e lutou bravamente contra a suspensão do direito de livre organização dos trabalhadores. Ainda em 1937, a partir do Estado Novo, a ditadura Vargas, legislando arbitrariamente sobre todos os setores da sociedade brasileira, invadiu com suas leis fascistas os sindicatos de todo o país. Muitos sindicatos foram perseguidos e tiveram seus arquivos queimados, a exemplo do Sindicato Ancestral.
1942
Depois de 15 anos sem comando, é fundado o Stiehteeb, que nascia por força de lei e sob a tutela do Estado e do controle dos patrões, através do “peleguismo”, pouco poderia fazer pela classe. Foram quarenta anos de luta e resistência na tentativa de desarticular a direção pelega.
1979 à 1986
Finalmente, depois de tantos anos nas mãos de pelegos, surgiu a primeira grande greve no Nordeste, após o Estado Novo e o Golpe Militar de 64. Enfim, em 1980, as direções dos Sindicatos da Bahia e de Pernambuco foram derrotas nas urnas por aquele movimento que se denominava como um novo e justo sindicalismo ressurgente.
1982
Nova greve dos eletricitários chesfianos que abrangeu Paulo Afonso, Sobradinho, Salvador e Funil, na Bahia e em Recife. Desta vez, os trabalhadores foram derrotados pelo crescimento da organização dos patrões e pelas armas de guerra em cima de razões políticas, ainda hoje, não esclarecidas. Em 1984, a interferência dos patrões intensificou ainda mais a “Invasão Branca”, que recuperou grande parte do terreno perdido de 1980 a 1983.
1989 à 1992
A nova direção do Sinergia assumiu em meio a sérias conturbações políticas da categoria, no meio de uma greve dos trabalhadores da Chesf. Durante esse período foram realizadas várias greves por tempo indeterminado, sendo uma na Coelba e cinco na Chesf, além de várias paralisações por tempo determinado e mobilizações. As greves buscaram resolver situações que vão desde atraso de pagamento, até tentativas de sucateamento e desmantelamento do setor elétrico. Em 1990, o setor elétrico vive a maior greve nacional, caracterizada como uma luta contra a privatização e contra as demissões no setor.
1992 à 2004
Foram realizadas várias campanhas salariais durante esse período. No ano de 1997, houve uma baixa no número de associados devido à privatização da Coelba, esta foi combatida à época pelo Sinergia, mas a intransigência do governo neoliberal de FHC/ACM a implantou a todo custo.
2004 à 2009
O país e o mundo entram na era da globalização e do avanço crescente da revolução tecnológica. Os postos de trabalho são ameaçados pela reestruturação produtiva. Neste contexto adverso, o Sinergia se impõe como uma entidade de vanguarda. Em 2008, realiza a maior greve após a privatização da Coelba, defendendo inexoravelmente a humanização das relações trabalhistas.
2010 à 2015
Após uma vitória com 96% dos votos válidos, a nova direção do Sinergia toma posse. Dentro da linha democrática de alternar a Coordenação Geral do sindicato. As lutas contra a terceirização e a precarização dos serviços são a principais bandeiras da nova gestão.
Retrocesso
Em 2011, o Sindicato sofreu um revés na sua democracia. Após provocação de setores da oposição, a Justiça intervém no sindicato, nomeando uma Junta interventiva. Uma nova eleição é realizada é a maioria da direção destituída é reeleita com maioria dos votos da categoria.
2016
Juntamente com diversos setores progressistas e populares, o Sinergia colabora com a frente de luta em defesa da democracia, resistindo ao Golpe aplicado por setores reacionários, que motivaram o impeachment da então presidenta Dilma Rousseff.
2017 aos dias atuais
Aliado à sociedade civil e setores progressistas, o Sinergia colabora com a frente de luta em defesa da democracia, resistindo ao Golpe dado no país. O Sinergia mostra novamente o seu poder de articulação, garra e luta em defesa da Eletrobras e, principalmente, da Chesf, que, assim como outras Estatais, seguem sob ameaça de privatização.
em 2018, no governo eleito de extrema direita, o Sinergia segue lutando ao lado dos movimentos progressistas contra o desmantelo das empresas públicas e a investida severa de retirada de direitos trabalhistas.