A destinação ao mercado livre significa que a empresa está construindo as usinas sem a venda prévia de energia em leilões do governo federal. “Atualmente estamos com mais de cem contratos firmados no mercado livre para viabilizar o projeto”, informa Eduardo Sattamini, diretor-presidente da Engie Brasil Energia. Um deles refere-se a 30 MW médios adquiridos pelo Grupo Claro, representado pelas marcas Claro, Embratel e NET, que viabilizaram o conjunto eólico no ano passado. A empresa também espera conseguir o registro de Campo Largo 2 no Mecanismo de Desenvolvimento Limpo da ONU, contribuindo, desta forma, para uma matriz energética cada vez mais limpa.
Na avaliação de Sattamini, quando entrar em operação comercial, o novo parque irá fazer com que a companhia ultrapasse 1 GW de capacidade instalada em energia eólica no Brasil. “Um marco para a empresa, que colabora de maneira efetiva no processo de transição energética nacional e reforça nossa estratégia de crescer em energias renováveis”, comentou executivo.
O investimento estimado no projeto é de R$ 2 bilhões e a expectativa é de que as primeiras unidades geradoras estejam operando comercialmente no final de 2020, com as últimas unidades sendo concluídas em março de 2021. “Ao atingirmos essa marca estamos contribuindo de modo decisivo para o objetivo do Grupo Engie de colocar em operação 9 GW eólicos em todo o mundo em três anos, aumentando nossa geração renovável, como parte da nossa estratégia global”, afirmou o CEO e Presidente do Conselho da companhia, Maurício Bähr.
Sattamini acrescentou que até o final deste ano a ideia é construir os acessos e a as áreas de montagem dos equipamentos, permitindo a execução das primeiras bases dos aerogeradores. São 75 km de acessos e 101 km de redes de média tensão. “Também teremos muitas atividades nas redes de média tensão e na ampliação da subestação existente”, complementou. O início da montagem dos aerogeradores está previsto para o final do primeiro semestre de 2020.
De acordo com o executivo, o maior desafio do projeto é logístico, já que a magnitude dos equipamentos coloca a implantação do conjunto em um patamar ainda mais elevado. “As dimensões dos aerogeradores são maiores que as já existentes e a distância de transporte em alguns casos será superior a mil quilômetros”, explicou, informando que o aerogerador escolhido é o modelo Vestas V150, de 4,2 MW.
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