Um homem se humilha, se castram seu sonho. Seu sonho é sua vida. E vida é trabalho. Os belos versos da música “Um homem também chora (guerreiro menino)” de Gonzaguinha nos vela a reflexão da importância do trabalho na vida do homem. Na rotina diária do trabalho, sofrimento, esforço e até humilhações estão presentes. O que não se pode admitir é humilhação e constrangimento gratuitos por falta de organização de uma empresa do porte da Coelba. E, lamentavelmente, foi o que aconteceu com trabalhadores lotados na UTEP, designados para realizarem intervenção na subestação subterrânea do edifício Mansão Pedro Calmon, no bairro do Chame-Chame.
Apesar de terem realizado contato antecipado com a administração do Edifício, levando inclusive ofício da Coelba e notificando o síndico sobre a necessidade de realização dos serviços, na última segunda, 04, os coelbanos foram surpreendidos com abordagem policial, com uso de armas de fogo, após chegarem ao local, sendo inclusive levados para a delegacia. Nem as explicações no local foram suficientes para que o caso fosse resolvido no local como um mero mal entendido. O Síndico registrou Boletim de Ocorrência, alegando desconfiança de tentativa de assalto por quadrilha. Segundo ele, ao tentar confirmar com a Coelba se era verídico a solicitação da empresa, recebeu como resposta que não havia nenhum serviço solicitado para aquela localidade, gerando consequentemente desconfiança e risco a segurança dos moradores.
A atitude do síndico de preservar preventivamente os moradores de eventuais investidas de marginais é legítima. O que não é admissível é a Coelba não ter preservado seus trabalhadores dessa situação, inclusive com negativa da solicitação de confirmação do serviço. Não há, ou pelo menos não se tem conhecimento, de um canal exclusivo para os consumidores confirmarem oficialmente a realização de serviços dentro de áreas privadas.
Através da diretor jurídico, Mário Bomfim, e do conselheiro Dailton Cerqueira, o Sinergia está solicitando que a empresa adote as ações necessárias para corrigir essa falha e preservar os seus trabalhadores de exposição a estas situações. Os dirigentes também exigem que a empresa resguarde os coelbanos envolvidos na situação ocorrida na Mansão Pedro Calmon.
“Nossa assessoria jurídica está à disposição dos trabalhadores. Levaremos esse caso para ser avaliado direção da empresa. O mais importante é proteger as equipes de trabalho de qualquer situação que gere inclusive risco à integridade física” , destacou Dailton.
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