Bahia é o líder em energia eólica no país

Em dezembro deste ano, o Brasil completa 10 anos do primeiro leilão competitivo exclusivo para energia proveniente de fontes eólicas, realizado pela Aneel (agência Nacional de Energia Elétrica).

Quem viaja de carro ou sobrevoa a região da Chapada Diamantina, entre os municípios de Morro do Chapéu e Irecê, vê imensas torres com pás rotativas, como moinhos ao vento, em vários parques eólicos instalados no interior do estado. Desde o 1° leilão, quando instalou a primeira unidade geradora de energia, há 10 anos, a Bahia foi implantando essa tecnologia e hoje se torna o primeiro estado no País na comercialização de energia eólica.

Em uma década, o país saiu do zero para se tornar o 8° maior produtor de energia eólica no mundo, de acordo com dados da ABEEólica (Associação Brasileira de Energia Eólica). No centro desta mudança, a região Nordeste e o protagonismo da Bahia, que é líder nacional com 30,58% da comercialização de parques nos leilões de energia e ocupa o 2° lugar na geração desta fonte renovável.

Nesses 10 anos, foram investidos no estado R$ 13,7 bilhões e criados mais de 40 mil empregos diretos na fase de construção dos 147 parques que estão operando. Essas usinas têm com capacidade instalada de 3.730 MW e beneficiam 23 municípios baianos. E boa parte dessa energia gerada pelo vento, está localizada nos extremos da Chapada Diamantina, na parte em que ela se funde com o semiárido, principalmente na Microrregião de Irecê.

O setor de energia renovável está se consolidando no estado. Atualmente, a Bahia possui 182 projetos comercializados nos leilões de energia realizados pela ANEEL, entretanto, quando adicionados a este número o mercado livre, que são os contratos privados de energia eólica, o número de empreendimentos chega a 234. A Bahia gera hoje 1.330 GWh/mês e tem capacidade para abastecer cerca de 11 milhões de residências, beneficiando 33 milhões de habitantes.

Projetos em andamento – Atualmente, o estado conta com 102 projetos em operação, totalizando uma capacidade instalada de 2.525.841 kW, o que coloca o estado em segundo maior estado brasileiro em produção de energia eólica, atrás somente do Rio Grande do Norte, com 136 usinas e 3.678.856 kW de potência instalada. Há ainda outros 71 empreendimentos em construção e 61 projetos que iniciarão as obras nos próximos anos. Estes conjuntos de parques estão sendo desenvolvidos em 23 municípios espalhados em todo o eixo central do estado, do sudoeste até o norte do Vale do São Francisco.

O volume de investimentos que o setor deverá investir no Estado, considerando apenas os leilões de eólica, é de cerca de R$ 20 bilhões. Além disso, os parques eólicos são responsáveis pela injeção de milhões de reais anualmente nas economias dos municípios em que se instalam. Isto decorre dos empreendimentos se implantarem utilizando contratos de arrendamentos com os proprietários das terras em que estão localizados.

Desta forma, além de produzir eletricidade e empregos, os parques eólicos ainda contribuem de maneira significativa introduzindo recursos financeiros nas comunidades em que se situam, tornando-se indutores de desenvolvimento.

Pioneiro – O primeiro complexo eólico baiano começou a operar em 2011, em Brotas de Macaúbas. Atualmente, é controlado pela Statkraft Energias Renováveis que comprou uma fatia da então Desenvix, em 2012, e assumiu o controle da empresa em 2015. “Para nós, o Brasil é um dos principais mercados de crescimento. O Parque Eólico da Bahia é o maior empreendimento detido integralmente pelo grupo, com investimentos de aproximadamente R$450 milhões”, afirma Fernando de Lapuerta, CEO da empresa.

Já a ENGIE Brasil

Energia chegou à Bahia em 2016, com a instalação do conjunto eólico Campo Largo (326,7 MW), seguido posteriormente da construção do complexo eólico Umburanas (360 MW), que está em fase final de implantação e foi adquirido da Renova Energia em 2017. Os complexos, que ficam em Sento Sé, totalizam investimentos de aproximadamente R$ 3,8 bilhões.

Além dos parques de geração de energia espalhados pelo sertão, onde se localiza grande parte do potencial do estado, a Bahia tem um parque industrial voltado para produção de equipamentos, consolidando esta terra como principal polo nacional na fabricação de componentes. A cadeia produtiva conta com seis grandes empreendimentos instalados GE/Alstom, Siemens/Gamesa, Nordex/Acciona, Torrebras, Torres Eólicas do Nordeste (TEN) e Wobben Windpower. Juntas somam investimentos de R$ 704 milhões, geram 1,3 mil empregos e beneficiam os municípios de Juazeiro, Jacobina, Camaçari e Simões Filho.

Isenção do ICMS para o uso da energia solar

Dentro da política de diversificação das matrizes energéticas no Estado, e de possibilitar cada vez mais investimentos nesse setor, com a implantação de uma política estadual voltada para, o Governo do Estado criou um incentivo do setor Solar Fotovoltaica, com a realização de um convênio de isenção do ICMS nas saídas internas com equipamentos e componentes para geração de energia elétrica solar fotovoltaica destinada ao atendimento do consumo de prédios próprios públicos estaduais.

Com a adesão, o governo da Bahia se torna um possível consumidor de energia fotovoltaica, promovendo atratividade para implementação de projetos para prédios públicos e com isso amplia a demanda pelo mercado de equipamentos. Na análise da ABSOLAR (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica), a medida deverá ser estendida para edificações públicas municipais e privadas de modo que consumidores residenciais, comerciais, industriais e rurais tenham acesso aos mesmos benefícios.

O uso da energia solar tem despertado cada vez mais oi interesse de investidores nos estados do Nordeste, pela atração de investimentos, agregados e na geração de empregos e riquezas para a região. Para a ABSOLAR é fundamental que os estados se mobilizem, uma vez que hoje nenhum estado do Nordeste tem as mesmas condições tributárias positivas e favoráveis que são encontradas em Minas Gerais.

A igualdade de condições se consolida com o elevado potencial que atualmente torna a Bahia líder nacional com 25,17% da comercialização de parques nos leilões de energia fotovoltaica da Aneel. A Bahia mais uma vez mostra seu protagonismo, já que, é o único estado do Nordeste a aderir ao convênio. Bahia – O estado apresenta a maior quantidade de kits fotovoltaicos instalados do Brasil, com mais de 45 mil unidades implantadas em parceria com a concessionária de distribuição. Em Salvador, o Governo do Estado e a Neoenergia foram responsáveis pela usina solar do Estádio Pituaçu, o primeiro na América Latina a ser totalmente iluminado por esta fonte de energia, desde 2012. Além da implantação de painéis fotovoltaicos na Arena Fonte Nova, que

transformam a radiação solar em energia elétrica. Existe aqui o mesmo interesse de formação da cadeia produtiva. Oportunidade de investimento na expansão do mercado de aquecedores solares e painéis fotovoltaicos reduzindo a demanda por energia.

A Bahia tem 27 empreendimentos em energia solar, com previsão de entrada em operação em 2018. O estado foi o principal destaque do leilão desta energia em outubro de 2014, realizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e terá uma capacidade instalada de 690,05 MW.

Onde estão os parques eólicos na Bahia

Os ventos reservam um futuro promissor para a Bahia já que os números prometem subir ainda mais. Conforme dados da Aneel (20 de março de 2019), 96 novos parques eólicos serão instalados na Bahia e adicionarão 1.788 MW à rede elétrica até o final de 2024, levando o estado à marca de 5 mil MW. Serão investidos R$ 7,3 bilhões e a previsão é que sejam gerados 27,6 mil empregos diretos e indiretos nos parques que estão em construção e em construção não iniciada.

Dos 23 projetos de parques eólicos na Bahia, 11 estão na Chapada Diamantina, nos municípios de Bonito, Brotas de Macaúbas, Cafarnaum, Campo Formoso, Dom Basílio, Gentio do Ouro, Itaguaçu da Bahia, Morro do Chapéu, Mulungu do Morro, Ourolândia e Várzea Nova.

Dos 182 projetos comercializados nos leilões de energia realizados pela ANEEL até agora, 52 foram projetos comercializados no Mercado Livre, de um total de 234 projetos (Leilão e Mercado livre)., 102 projetos em operação, gerando um total de 2.526 MW; 71 projetos em construção, com um total de 1.581 MW e 61 projetos em construção não iniciada, totalizando 1.226,00 MW.

 

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