Serão realizadas manifestações em defesa dos direitos dos trabalhadores, contra o desmonte da Previdência e a reforma trabalhista, além da terceirização
Após os grandes atos populares realizados no dia 8 e 15 de março, respectivamente Dia Internacional das Mulheres e Dia Nacional de Paralisação, centrais sindicais e movimentos sociais se organizam para mais uma manifestação contra os ataques aos direitos trabalhistas promovidos pelo governo do usurpador Michel Temer.
A próxima grande mobilização acontecerá na sexta-feira, dia 31 de março, em pelo menos sete capitais brasileiras. Os atos são organizados pela Frente Brasil Popular e Frente Povo Sem Medo, entre outras entidades como Central Única dos Trabalhadores (CUT). O objetivo é iniciar a construção de uma greve geral capaz de frear os retrocessos promovidos pelo golpista Temer.
“Estaremos na rua contra a reforma da Previdência, a Reforma Trabalhistas e contra esse absurdo da aprovação da terceirização. Por tudo isso, todo a classe trabalhadora tem motivo para ir às ruas no dia 31 de março. Na semana que vem, as centrais irão se reunir e anunciar uma data, ainda em abril, para a greve geral. O dia 31 de março vai ser uma etapa dessa construção”, afirmou o secretário-geral da CUT, Sérgio Nobre.
Segundo o presidente da CUT, Vagner Freitas, a aprovação do projeto de lei que amplia a terceirização é uma manobra para implementar o mais rápido possível uma alteração na lei trabalhista, diminuindo a responsabilidade do Estado e dos empresários, dando segurança jurídica para precarizar o trabalhador e, com isso aumentar, ainda mais os lucros.
“Ele (Temer) viu a reação do povo nas ruas e nas redes sociais contra a reforma da Previdência no dia 15 e sabe que vai ser difícil explicar essas mudanças nas leis trabalhistas e na aposentadoria para a população. Então, pegou um projeto fantasma, desenterrou e aprovou a toque de caixa a terceirização geral e irrestrita”, explica Vagner.
Para o presidente da CUT, “o PL 4302 foi um jeito rápido de tirar direito do trabalhador, diminuir investimentos sociais do governo e das empresas”. Freitas ainda questionou “como alguém vai se aposentar se não vai mais contribuir com o INSS? Os jovens nem vão ter a experiência de ter seus direitos garantidos”.
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