Nenhum prejuízo para os trabalhadores. Este é o lema permanente da Intersindical na defesa da categoria. No caso da PLR, que a Neoenergia vem tentando efetuar mudanças danosas, a posição dos dirigentes sindicais se mantém firme. A Intersindical defende que as regras PLR/2017 se permaneçam inalteradas.
A tese dos sindicatos é que não se pode mudar as regras com o jogo em andamento e, pior, aos 40 minutos do segundo tempo. Vale registrar que a intersindical cobrou a discussão desde novembro/2016 e a Neoenergia somente apresentou uma proposta no mês de agosto desse ano.
A direção da holding pretende inserir novo limitador pelo lucro líquido de todo grupo, além de querer alterar a proporção de 50%/50%, fruto de vários anos de evolução. “As alterações apenas visam tirar dinheiro do bolso dos trabalhadores e ampliar os lucros do grupo”, afirmou o coordenador da Intersindical José Fernandes.
Na última reunião, realizada em Recife, a Intersindical cobrou uma resposta da direção da empresa até o dia 30/11, já que as assembleias dos trabalhadores de todas as empresas rejeitaram as alterações propostas. Neste encontro estavam presentes os dirigentes sindicais Pompeu Henrique e Josenildo Rodrigues, pelo Sindurb, Paulo de Tarso e José Paixão, pelo Sinergia e os dirigentes Pedro Damásio e José Fernandes, pelo Sintern.
“Deixamos claro, durante toda reunião, que as regras devem continuar as mesmas. As mudanças são extremamente prejudiciais aos trabalhadores. O modelo atual foi construído ao longo de anos. Se for para aperfeiçoar, as mudanças devem melhorar a contrapartida para a categoria e não resultar em perdas, como propõe a Neoenergia”, finalizou Fernandes.
PCCS e Fundações
Como desdobramento do último acordo, as questões relacionadas ao PCCS e as Fundações vêm sendo debatidas em comissões específicas, que possuem representantes de todos os sindicatos. Este debate tem evoluído, mas a Neoenergia ainda não apresentou uma proposta final, fruto dos debates ocorridos nas comissões. As melhorias sugeridas pelos dirigentes sindicais foram inclusive entregues em documento, especificando e justificando as melhorias necessárias.
“Este é processo de construção. Sabemos que as comissões têm um papel importante e devem fazer os debates ao extremo, de modo que, ao final, os resultados se traduzam efetivamente em melhorias para todos os trabalhadores”, destacam conjuntamente os membros da comissão Liane Chacon, do Sintern, Pompeu Henriques, da Celpos/Sindurb e Guedes Brito, do Sinergia.
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