Em primeiro lugar, quero agradecer a todos os colegas ao apoio recebido na eleição do Conselho Administrativo da CHESF. Tenho consciência do respeito que mereci e da responsabilidade que assumo nessa tarefa. Irei desempenhar com o máximo das minhas energias em defesa da vontade democrática de vocês e consciente dos desafios e riscos que pesam contra nossa CHESF.
Prezado colega, me dirijo a você que pode inclusive não concordar com minhas opiniões políticas, no que merece meu respeito, mas o que estão fazendo é uma interferência na vontade do seu direito de voto, e isso, se chama autoritarismo e tirania. Querem tirar o direito de escolha e isso é hoje comigo e pode ser com você amanhã. Digo isso, como nordestino e brasileiro, preocupado com a tentativa cavernosa de desmonte desta empresa tão significante e decisiva na nossa região.
Acabamos de sair de uma disputa que é uma conquista da necessidade de crescente participação dos trabalhadores na gestão de nossa empresa, garantida pelo mobilização e organização dos trabalhadores em seus sindicatos e associações. Fomos surpreendidos pela impugnação patrocinada pela cúpula da Eletrobras contra nosso nome, ainda busco entender as causas do receio desses senhores, que por enquanto respondem pela direção desta Eletrobras.
Eles não escondem suas intenções de desconstruir a memória e a história da CHESF como empresa de desenvolvimento regional, a partir de sua missão de gerar energia e futuro para o Nordeste. Com argumentos de interesse do “mercado” anunciam uma reestruturação comandada de cima pra baixo, que tenta repetir a operação desencadeada em 1996/8, no então governo de FHC de privatizar o setor elétrico brasileiro.
Colocaram no Conselho da Eletrobras, a sra. Elena Landau, uma notória agente dos interesses do mercado e de interesses rentistas contra o estado brasileiro. Essa gente fala em “estado mínimo” e outras bagagens que a crise internacional tem se encarregado de desmentir e demolir como políticas econômicas em vários países do mundo. Na verdade, esses vendilhões querem o “estado mínimo” para o povo, ao mesmo tempo que criam o estado máximo para banqueiros e agiotas nativos e estrangeiros.
Transferem bens como a Petrobras e o setor elétrico para corporações multinacionais e até para estatais chinesas! Para fazer essa política de entreguismo, precisam de administradores sem visão de pátria ou nação. Precisam anestesiar a população com propaganda enganosa e precisam desmobilizar a luta dos trabalhadores.
Por isso, toda essa movimentação para impedir nossa participação no Conselho de Administração da empresa. Uma participação que diga-se de passagem tem apenas a participação de UM REPRESENTANTE dos trabalhadores. E por que tanto medo? Por que tentar impedir a vontade dos chesfianos e chesfianas através da eleição direta, limpa e democrática? Nos restou buscar amparo na justiça para garantir nosso direito.
Nossa campanha foi privada do debate com a impugnação e só graças às redes sociais e a participação voluntária de companheiros amigos e amigas chesfianos podemos ir para a disputa e vencer com 62% dos votos válidos, numa expressiva vitória que tentam anular. Vamos lutar para garantir nosso direito de participar no Conselho Administrativo da CHESF.
Nesse momento difícil de ajustes da nossa empresa. Não nos calarão por ameaças. Aguardarmos a manifestação da justiça confiantes que prevalecerá o bom direito. Manifestamos mais uma vez nosso agradecimento e as mensagens de apoio e solidariedade, que tivemos de todos os colegas das associações e sindicatos e de amigos e amigas em geral. Vamos em frente, firmes na luta! Convocaram uma eleição para concluir um golpe contra a vontade da maioria dos chesfianos e chesfianas.
Não cabe outro caminho, que rejeitar e não votar nessa eleição ilegítima. Estamos aguardando a manifestação da justiça para o processo não ficar fora da lei.
NÃO VOTE! DIGA NÃO A TIRANIA!
Um abraço, Fernando Ferro
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