Na manhã de ontem (22/11), a CHESF chamou o Secretário de Energia da FRUNE, Fernando Neves, para comunicar que não pagará a PLR, nem a segunda parcela do 13º salário em novembro. A empresa afirmou ainda que vai tentar realizar os referidos pagamentos em dezembro sob a alegação de que não conseguiu dinheiro através do desbloqueio das contas nem o empréstimo que tinha solicitado. O compromisso da Chesf com os Sindicatos era pagar a PLR até 30 de Novembro e os trabalhadores se organizaram financeiramente com base na informação divulgada pela própria Companhia, através da intranet. Por isso, não podemos aceitar esse descumprimento da empresa com os chesfianos (as). Nesta quinta (24/11), estaremos realizando reunião com a Intersindical/NE para tomarmos um encaminhamento único de luta para toda a CHESF.
ASSEMBLEIA UNIFICADA SEGUNDA-FEIRA (28/11)
Dia 28/11, estaremos realizando assembleias em todas as bases da CHESF com os trabalhadores (as) para, juntos, construirmos o caminho de luta contra o desmonte do Sistema Eletrobras e a falta de compromisso da CHESF com a agenda de pagamento da PLR. Temos que resistir a qualquer atitude que venha prejudicar os trabalhadores, a CHESF e as empresas do Grupo Eletrobras. Precisamos unir forças nesse momento!
Na luta pelo pagamento na íntegra da PLR 2015
O Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE) se reuniu na tarde desta terça-feira (22/11) com Rogério Neiva, assessor do ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Emmanuel Pereira, em busca de uma solução para resolver o impasse criado pela Eletrobras sobre a parte controversa da PLR. No encontro informal, o CNE fez um histórico do processo negocial da PLR e forneceu subsídios para que o ministro possa conduzir a audiência de mediação solicitada pelo CNE.
Na oportunidade, o CNE também apresentou as demandas referentes ao pagamento da parte incontroversa da PLR das distribuidoras, da Amazonas G&T e da CGTEE, que até o momento não receberam o que tem de direito. O CNE deixou clara a posição dos trabalhadores e trabalhadoras, que esperam apenas o cumprimento da ATA de mediação do dissídio de Greve, acordada no TST em 2014 pelo ministro Ives Gandra Martins Filho. Lembramos que o trabalho da Comissão Paritária, decorrente da mediação, foi desenvolvido ao longo de oito reuniões. No decorrer desse processo, a Eletrobras subverteu o espírito da proposta negociada e aprovada pelos trabalhadores, criando exigências que não constavam no acordo firmado no TST.
Essa divergência criou a parte controversa da PLR, que agora está sendo discutida. A atual diretoria da empresa parece desconhecer que este acordo da PLR foi fruto de uma intensa negociação, que definiu as premissas para o pagamento das PLRs de 2015, 16, 17 e 18. Vale ressaltar, que o trabalho da Comissão Paritária foi suspenso de forma arbitrária e unilateral pela empresa, o que justificou a solicitação de mediação do TST para garantir o pagamento da PLR. Diante desse fato que preocupa a categoria eletricitária, o CNE solicitou ao assessor do ministro que a audiência ocorra até o dia 19 dezembro para que o pagamento da PLR seja realizado de acordo com a legislação vigente, ou seja, neste ano, conforme a Lei 10.101, da PLR, em seu artigo 3º, § 2º.
O CNE está confiante que a audiência no TST confirme o regramento da PLR, visto que 2016 está chegando ao fim e até o presente momento, a direção da empresa e os trabalhadores não se reuniram para definir as metas para a PLR de 2016.
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