Até quando vamos ter que contabilizar a perda de vidas humanas por conta da terceirização? Na última sexta, lamentavelmente, perdemos o eletricitário Charles Mota de Assis, de 32 anos, natural do Pará. Ele realizava serviços de reparo para a Coelba próximo da Usina de Funil.
Segundo informações preliminares, o trabalhador estava na “gaiola” de um caminhão munck quando recebeu a descarga elétrica. Elechegou a ser socorrido para o Hospital César Monteiro Pirajá, onde foram tentadas manobras de reanimação, mas sem sucesso.
O Setor elétrico brasileiro apresenta uma alta taxa de mortalidade. Dados da Fundação Coge, contabilizados a partir de 1999, confirmam que as relações de trabalho terceirizadas, a qualificação técnica mal feita e defasada, equipamentos de segurança de pior qualidade, pior remuneração contribuem para o aumento dos índices de acidentes e mortalidade.
Infgelizmente esta triste realidade é um retrato da precarização a que estão submetidos os trabalhadores do setor elétrico. Desde a reestruturação da indústria de energia nos anos 90, com o processo de privatização, a terceirização é cada vez mais recorrente nessas empresas. Como consequência, os trabalhadores submetidos a essa condição estão mais expostos a acidentes e são a maioria absoluta de vítimas fatais. Relatos de pouco preparo técnico e ausência de equipamentos de segurança adequados são comuns nas atividades terceirizadas.
O Sinergia lamenta a perda de mais uma vida e vai acompanhar o processo de investigação, em especial, as realcionada as questões de segurança.
Vidas são mais importantes que lucro!
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