A soberania brasileira recebeu um duro golpe ontem, 18, com a aprovação do processo irregular da privatização da Eletrobras, após votação realizada no Tribunal de Contas da União (TCU). Foram sete votos a favor e um contra, o do ministro do TCU Vital do Rêgo, que mostrou coerência na análise de todo processo.
Apesar do revés, nossa luta segue em frente. Sabemos das dificuldades e, inclusive, de todos os interesses envolvidos. “A categoria está de parabéns pela sua garra e disposição. Sentimos a perda de mais uma batalha, mas seguimos firmes na guerra em outras trincheiras. Há outros passos para serem dados e nossa força se renova. Vamos, portanto, erguer nossas cabeças e seguir firmes em defesa da Chesf e da Eletrobras. São mais de seis anos nessa resistência e não vamos entregar o jogo”, destacou o Diretor da Frune e Conselheiro eleito da Fachesf, Fernando Neves.
E quais seriam as próximas ações em defesa da Eletrobras. Inicialmente, temos que aguardar o Acórdão do TCU para avaliar as ações no campo jurídico. Além disso, iremos seguir com articulações políticas, denúncias nos órgãos reguladores do Mercado financeiro nacional e internacional e mobilizar a sociedade e os parlamentares para impedir a privatização.
A diretora de Energia da Frune, Júlia Margarida, ressalta que durante o Ato realizado ontem, em Brasília, todos os parlamentares e líderes dos movimentos sociais presentes ressaltaram a necessidade de seguir firme na luta, renovando a esperança. “Foi mais um dia difícil e triste para muitos de nós, principalmente quando vimos os argumentos dados pela maioria dos ministros do TCU, preocupados somente com a reação os Mercado e não com o valor e a importância da empresa, o impacto tarifário para o povo, além das falhas técnicas do processo, apontadas inclusive pelos técnicos do Tribunal e pelo Ministro Vital do Rego”, destacou, Júlia.
Na próxima semana os sindicatos farão assembleias com as bases. O objetivo é analisar com a categoria as alternativas e definir novos encaminhamentos. “Precisamos ter sabedoria e saber como avançar nas ações de luta. As entidades, seus dirigentes e, principalmente, a categoria, estão de parabéns por tudo que tem feito. A luta segue firme”, finalizou o presidente da Frune, Raimundo Lucena.
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