O movimento sindical, através das suas entidades e Centrais representativas vem debatendo com suas bases a necessidade de construção da Greve Geral como resposta aos ataques do governo golpista de Michel Temer aos nossos direitos e conquistas. Após consultas e reuniões com as diversas categorias e o setor de transportes feitas na reunião da Executiva Nacional da CUT de 26 de setembro, conclamamos os trabalhadores para O DIA NACIONAL DE GREVE EM 11 DE NOVEMBRO.
As medidas já anunciadas pelo governo golpista e as iniciativas recentemente aprovadas ou em curso no Congresso Nacional – como a PEC 241 – apontam numa única direção: retirar direitos da classe trabalhadora, arrochar salários, privatizar empresas e serviços públicos, entregar nossas riquezas à exploração das multinacionais, diminuir drasticamente os investimentos em serviços públicos essenciais, como educação e saúde, e fazer a reforma da previdência. Com essas iniciativas de caráter neoliberal, joga nos ombros da classe trabalhadora, sobre quem já pesa o ônus do desemprego em massa, os custos de uma política regressiva e autoritária de ajuste fiscal, que, como viemos denunciando, é o verdadeiros objetivo do golpe.
A forma da classe trabalhadora organizada reagir a esses desmandos e retrocessos é a luta unitária. E esta luta passa pela greve como arma para enfrentar e barrar a agenda do governo golpista contrária aos dos setores mais pobres da população brasileira. As bandeiras orientam a participação dos trabalhadores no DIA NACIONAL DE GREVE EM 11 DE NOVEMBRO são:
- Não à PEC 241 e ao PL 257
- Não à Reforma da Previdência
- Não à MP do Ensino Médio
- Não à terceirização, à prevalência do negociado sobre o legislado e à flexibilização do contrato de trabalho
Vamos à luta por
NENHUM DIREITO A MENOS!
FNU CONVOCA SEUS SINDICATOS FILIADOS PARA GREVE GERAL DO DIA 11 DE NOVEMBRO
A Federação Nacional dos Urbanitários cumprindo a resolução da Central Única dos Trabalhadores orienta seus sindicatos filiados a participarem da Greve Geral convocada para o dia 11 de novembro. Portanto, é fundamental que as entidades realizem até o inicio de novembro suas assembleias de preparação.
O momento das assembleias é importante para conscientizar os trabalhadores sobre a conjuntura adversa, que traz em sua centralidade a retirada de direitos através das chamadas PEC (Projeto de Emenda Constitucional), como a 241 que congela, por exemplo, investimentos em saúde e educação por 20 anos, a 257, que impõem um ajuste duro nas dividas dos Estados obrigando a demissões no serviço público e o congelamento de salários.
Outro fato de extrema gravidade que ataca os direitos históricos dos trabalhadores aconteceu na última sexta-feira (14), que foi a decisão do Ministro Gilmar Mendes de acatar medida cautelar para suspender todos os processos e efeitos de decisões no âmbito da Justiça do Trabalho que discutam a aplicação da ultratividade de normas de acordos e de convenções coletivas de trabalho. Ou seja, não haverá mais garantia de aplicação do ACT em vigor enquanto não houver acordo entre as partes, fica valendo o que diz a CLT. Um absurdo total.
O ataque aos trabalhadores urbanitários segue na pauta do governo ilegítimo, seja através do processo de privatização das distribuidoras de energia do Sistema Eletrobras que vem sendo discutido pela nova diretoria da Holding, ou pela pressão junto aos governos estaduais para que privatizem as empresas de saneamento, para assim renegociarem suas dívidas junto a União.
A resposta a esse governo golpista tem que ser nas ruas, e a Greve Geral do dia 11 de Novembro, será o momento para mostrar que os trabalhadores urbanitários estão na luta contra a retirada de direitos e o fim dos seus postos de trabalho.
Pedro Blois
Presidente da FNU
Paulo de Tarso Guedes
Presidente da CNU
Gentil Teixeira
Presidente da FITUESP
Raimundo Lucena
Presidente da FRUNE
Cleiton Moreira
Presidente da FURCEN
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