É HORA DO TRABALHADOR DO SISTEMA ELETROBRAS SE MOBILIZAR EM DEFESA DO SEU EMPREGO

O Sistema Eletrobras teve sua fundação pensada e criada por brasileiros como Getúlio Vargas e João Goulart, que tinham a certeza que uma nação forte necessitava ter resguardada sua soberania energética. Hoje, a conjuntura mudou radicalmente, temos um Governo fraco, colocado no poder pelas elites mais atrasadas do país, com as mesmas características que derrubaram o projeto nacional desenvolvimentista da era Vargas e de Jango.

O resultado desse retrocesso no Sistema Eletrobras é o clima de total instabilidade vivido pelos trabalhadores do Sistema Eletrobras, com ameaças de demissões, aumento da participação da iniciativa privada em todas as áreas, por meio de transferência de ativos, ou seja, a retomada forte do processo de privatização. Pela primeira vez, a Eletrobras está sendo dirigida pelo mercado financeiro. Wilson Pinto é o expoente dessa elite. De fala mansa, com apresentações bonitas, cheias de metodologia de impacto, criou a falsa impressão que a chamada reestruturação só atingirá os trabalhadores aposentados ou aposentáveis. Trata-se de um engodo, pois o processo em curso virá como uma onda bem forte, primeiro atingirá os primeiros alvos, logo em seguida avançará rapidamente para novos locais, até alcançar os pontos mais distantes, que se consideram inatingíveis.

A estratégia do Presidente Pinto é alcançar a todos, até porque o julgamento do PL das terceirizações já está no STF para ajudar o serviço. Ninguém esta a salvo da reestruturação do presidente Wilson Pinto, ele tem receita para tudo. Se tiver mais de 50 anos tem os PDVs e PDIs. Se for da área administrativa tem o CSC (Centro de Serviço Compartilhado), onde o piloto será no Rio de Janeiro, e vai unifi car todos os serviços. Caso seja da área técnica tem o telecomando e por fi m se atuar na engenharia têm as consultorias, ou seja, as Roland Berger da vida. Portanto, todos estão no mesmo barco e por isso é fundamental fazer o enfrentamento juntos.

Nesse momento de grave crise é preciso a unidade de todos aqueles que ainda acreditam que o Sistema Eletrobras é um patrimônio da sociedade, um símbolo de um país capaz de garantir sua soberania e crescimento econômico. É absurdo querer colocar jogar a crise nas costas dos trabalhadores, enquanto a Eletrobras se retira do mercado, reduzindo investimentos e privatizando as distribuidoras. Os atuais e ex-gestores devem se manifestar. Dia a dia, seja na mídia, seja nas apresentações nas empresas controladas, estão sendo taxados de incompetentes pelo recém-chegado Presidente Wilson Pinto que não se cansa de afirmar sobre a ineficiência da Holding. Ele não merece uma resposta à altura? Que se mostre em números tudo que foi construído até aqui por seus trabalhadores de todas as áreas.

É hora de cada trabalhador do Sistema Eletrobras mostrar sua insatisfação com os rumos apontados pelo Presidente Pinto. Será que é este tipo de gestão, que aposta na privatização e nas terceirizações, que os trabalhadores do Sistema Eletrobras querem? Só existe um caminho: a mobilização e a disposição de luta de todos em defesa de um Sistema Eletrobras forte e estatal, indutor do crescimento e do desenvolvimento econômico de norte a sul do país.

O encaminhamento é para que sejam realizadas assembleias unificadas no dia 28 de novembro, todos os sindicatos devem se mobilizar para debater com suas bases e construir o caminho da luta contra o desmonte do Sistema Eletrobras. Lembre-se: só conquista quem luta! Resistiremos!

A História e nem os trabalhadores perdoam os omissos e os traidores

Temos visto a movimentação de alguns gestores (Diretores e Gerentes) tentando negar a sua trajetória na Holding e nas Empresas do Sistema Eletrobras, dizendo “amém” a todos os atos do presidente Wilson Pinto. Eles não podem esquecer que ninguém confia em traidores, nem mesmo o presidente da Eletrobras, e que valores como honra, dignidade, amor próprio e profissionalismo são muito maiores que as gratificações que recebem.

Pensem Nisso

Os trabalhadores não elegeram os conselheiros para que os mesmos “negociem” seus mandatos em nome de uma assessoria da Presidência. Estamos de olho!

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