A nossa missão para 2017 é fortalecer, ainda mais, a organização da classe trabalhadora

U m ano para fazermos uma profunda reflexão e que vai ficar lembrado negativamente na história política do país. É assim que podemos resumir 2016. Vários fatos marcaram a vida de todos trabalhadores, em especial, os que tiveram ingresso recente no mercado de trabalho, pois sentirão mais profundamente os efeitos da política neoliberal dos golpistas.

Lamentavelmente, este ano foi marcado pelo golpe perverso na nossa democracia. Lado a lado, políticos de direita, donos de conglomerados de comunicação e empresários oligárquicos ligados à Fiesp, financiaram o impeachment da presidenta Dilma, que nunca cometeu nenhum crime. Agora, estes mesmos personagens, através de deputados e senadores golpistas, querem a todo custo retirar as nossas conquistas e direitos trabalhistas e previdenciários resguardados na nossa Constituição.

É um verdadeiro crime realizar uma reforma da previdência em que o trabalhador contribua por, no mínimo, 49 anos e, ainda, se aposente com valor do benefício reduzido. Precisamos unir a classe trabalhadora para evitar esta investida. Os eletricitários e os demais trabalhadores não podem assistir passivamente a destruição de tudo que conquistamos ao longo desses anos. Diante dessa conjuntura tão desfavorável, a nossa missão para 2017 é fortalecer, ainda mais, a organização da classe trabalhadora. Precisamos tomar as ruas e evitar essa verdadeira convulsão antissocial, que assolou o país nos últimos meses.

Entendemos que a corrupção tem que ser combatida com todo rigor. É preciso, entretanto, que a balança da Justiça seja equilibrada. O que vimos nos últimos dias foi a profunda desmoralização do STF com o descumprimento de uma sentença de seu Ministro e, pior ainda, dias depois presenciamos um grande acordo entre poder legislativo e judiciário para manter o presidente do Senado com evidências claras de grandes ilícitos.

Ao analisar todo este contexto, temos claro que o nosso caminho para 2017 é a luta. Sindicato e trabalhadores precisam – mais do que nunca – caminhar unidos, pois as nossas vitórias e, sobretudo, os resultados positivos dos acordos podem não ocorrer, se não houver interesse e participação dos eletricitários! Desejamos um feliz ano novo, ciente de que em 2017 teremos muita luta.

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